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terça-feira, 6 maio, 2025
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O que acontece se você compartilhar sua toalha?

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A toalha é um item presente em praticamente todas as casas, sendo indispensável para a higiene diária. Usada para secar o corpo após o banho, enxugar as mãos ou o rosto e até mesmo na praia ou academia, ela é sinônimo de praticidade e conforto.

Por ser reutilizável e de uso pessoal, é comum que cada pessoa tenha a sua própria toalha, adaptada ao tipo de uso e à rotina.

No entanto, justamente por estar tão presente e parecer inofensiva, muitas vezes seu uso é negligenciado quando se trata de higiene. Aparentemente limpa, ela pode acumular resíduos e microrganismos se não for lavada e armazenada corretamente.

3 coisas que podem acontecer se você compartilhar sua toalha

Compartilhar toalha pode parecer uma atitude inofensiva, comum entre familiares, casais ou colegas de quarto.

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Microrganismos viajando pelo corpo de um ser humano (Imagem: Ninc Vienna / Shutterstock.com)

No entanto, essa prática esconde riscos à saúde que nem sempre são percebidos imediatamente.

A toalha, por mais limpa que pareça, acumula umidade, suor, células mortas da pele e microrganismos. Isso a transforma em um ambiente ideal para a proliferação de bactérias, fungos, vírus e até parasitas.

Mesmo em situações onde todos os envolvidos estão aparentemente saudáveis, o compartilhamento ainda não é uma prática recomendada.

Embora seja improvável que cause problemas entre pessoas completamente livres de agentes infecciosos, é impossível saber apenas observando se alguém carrega alguma infecção, alergia ou condição transmissível. Por isso, o mais seguro é evitar o uso coletivo.

1. Risco de transmissão de vírus respiratórios

Um dos principais riscos ao compartilhar toalhas é a transmissão de doenças infecciosas, especialmente as causadas por vírus respiratórios.

Jovem espirrando e com nariz escorrendo, sentado em um banco ao ar livre, em frente a um prédio comercial. / Crédito: voronaman (Shutterstock/reprodução)

Embora esses vírus sejam transmitidos principalmente pelo ar, eles também podem sobreviver por algum tempo em superfícies como tecidos.

Um exemplo recente é o metapneumovírus, que circulou pela China e tem sintomas semelhantes aos da gripe, podendo causar complicações em crianças e idosos. O risco aumenta quando a toalha é usada para enxugar o rosto ou o nariz, tornando-se um veículo indireto para secreções contaminadas.

Isso também vale para vírus como o da gripe comum, o rinovírus e o vírus sincicial respiratório. Usar a toalha de alguém infectado com um desses vírus pode facilitar o contágio, especialmente se houver contato com olhos, boca ou nariz logo depois.

2. Proliferação de fungos e bactérias

Outro problema frequente relacionado ao compartilhamento de toalhas é o contágio por fungos e bactérias.

fungo
Fungos se desenvolvendo (Imagerm: Nataliya Hora/Shutterstock)

Fungos adoram ambientes úmidos, escuros e quentes, exatamente o que se encontra em toalhas de banho guardadas em banheiros.

Microrganismos como os que causam frieira, micose, candidíase e dermatite podem ser transmitidos por contato com tecidos contaminados. Se uma pessoa estiver com uma dessas condições de pele e usar a toalha, ela pode deixar os fungos ali.

A próxima pessoa a usar a mesma toalha corre sério risco de ser infectada. O mesmo vale para bactérias como o Staphylococcus aureus, que vive na pele de forma natural, mas pode causar infecções se encontrar portas de entrada, como pequenos cortes ou irritações.

Doenças de pele como impetigo, furúnculo e foliculite são algumas das possíveis consequências. Essas infecções podem ser especialmente perigosas em crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa.

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3. Possível transmissão de parasitas

Além dos vírus e fungos, também existe a possibilidade de transmissão de parasitas por meio de toalhas compartilhadas.

Visão de um parasita em um microscópio (Reprodução: Alexander Zabrodskiy (@hellkisa)/Unsplash)

Embora mais raro, piolhos e ácaros causadores da escabiose (sarna) podem sobreviver por algum tempo fora do corpo, especialmente em tecidos ainda úmidos ou usados recentemente.

Se uma pessoa estiver infestada e usar a toalha, há chance de o próximo usuário entrar em contato com esses organismos. Isso é mais comum em ambientes com alta rotatividade de pessoas, como academias, hotéis, creches e até dentro de casa entre irmãos ou primos. Crianças são particularmente suscetíveis a esse tipo de transmissão.

Outro fator importante é o tempo entre os usos da toalha e a frequência de lavagem. Mesmo sem ser compartilhada, uma toalha usada por muitos dias acumula suor, oleosidade e células mortas, servindo como um depósito de matéria orgânica que favorece a proliferação de microrganismos.

Se for usada por várias pessoas ao longo de dias sem lavagem, o risco de contágio aumenta ainda mais. Especialistas recomendam que toalhas de banho sejam lavadas após três ou quatro usos, e que sequem completamente entre um uso e outro. Isso reduz consideravelmente a chance de contaminação cruzada, mesmo dentro da própria casa.

É importante entender que, embora o compartilhamento de toalhas entre pessoas saudáveis possa não gerar problemas imediatos, ele continua sendo uma prática de risco. A ausência de sintomas visíveis não significa ausência de contágio.

Muitas doenças, principalmente as de pele, são silenciosas nos primeiros dias e só se manifestam quando já foram transmitidas. Além disso, mesmo infecções leves podem se tornar complicadas se a pessoa infectada tiver condições pré-existentes, estiver com a imunidade baixa ou for parte de um grupo vulnerável, como crianças pequenas e idosos.

Portanto, manter o uso individual de toalhas é uma medida simples, barata e eficaz de evitar o compartilhamento involuntário de microrganismos.

Em locais públicos ou compartilhados, como academias, clubes e hotéis, é ainda mais importante usar sua própria toalha e garantir que ela esteja limpa e seca. Esses cuidados evitam infecções e mantêm uma boa rotina de higiene, especialmente em tempos em que a preocupação com doenças transmissíveis aumentou.

Com informações de American Association of Naturopathic Physicians.




Fonte: Olhar Digital

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