A toalha é um item presente em praticamente todas as casas, sendo indispensável para a higiene diária. Usada para secar o corpo após o banho, enxugar as mãos ou o rosto e até mesmo na praia ou academia, ela é sinônimo de praticidade e conforto.
Por ser reutilizável e de uso pessoal, é comum que cada pessoa tenha a sua própria toalha, adaptada ao tipo de uso e à rotina.
No entanto, justamente por estar tão presente e parecer inofensiva, muitas vezes seu uso é negligenciado quando se trata de higiene. Aparentemente limpa, ela pode acumular resíduos e microrganismos se não for lavada e armazenada corretamente.
3 coisas que podem acontecer se você compartilhar sua toalha
Compartilhar toalha pode parecer uma atitude inofensiva, comum entre familiares, casais ou colegas de quarto.

No entanto, essa prática esconde riscos à saúde que nem sempre são percebidos imediatamente.
A toalha, por mais limpa que pareça, acumula umidade, suor, células mortas da pele e microrganismos. Isso a transforma em um ambiente ideal para a proliferação de bactérias, fungos, vírus e até parasitas.
Mesmo em situações onde todos os envolvidos estão aparentemente saudáveis, o compartilhamento ainda não é uma prática recomendada.
Embora seja improvável que cause problemas entre pessoas completamente livres de agentes infecciosos, é impossível saber apenas observando se alguém carrega alguma infecção, alergia ou condição transmissível. Por isso, o mais seguro é evitar o uso coletivo.
1. Risco de transmissão de vírus respiratórios
Um dos principais riscos ao compartilhar toalhas é a transmissão de doenças infecciosas, especialmente as causadas por vírus respiratórios.

Embora esses vírus sejam transmitidos principalmente pelo ar, eles também podem sobreviver por algum tempo em superfícies como tecidos.
Um exemplo recente é o metapneumovírus, que circulou pela China e tem sintomas semelhantes aos da gripe, podendo causar complicações em crianças e idosos. O risco aumenta quando a toalha é usada para enxugar o rosto ou o nariz, tornando-se um veículo indireto para secreções contaminadas.
Isso também vale para vírus como o da gripe comum, o rinovírus e o vírus sincicial respiratório. Usar a toalha de alguém infectado com um desses vírus pode facilitar o contágio, especialmente se houver contato com olhos, boca ou nariz logo depois.
2. Proliferação de fungos e bactérias
Outro problema frequente relacionado ao compartilhamento de toalhas é o contágio por fungos e bactérias.

Fungos adoram ambientes úmidos, escuros e quentes, exatamente o que se encontra em toalhas de banho guardadas em banheiros.
Microrganismos como os que causam frieira, micose, candidíase e dermatite podem ser transmitidos por contato com tecidos contaminados. Se uma pessoa estiver com uma dessas condições de pele e usar a toalha, ela pode deixar os fungos ali.
A próxima pessoa a usar a mesma toalha corre sério risco de ser infectada. O mesmo vale para bactérias como o Staphylococcus aureus, que vive na pele de forma natural, mas pode causar infecções se encontrar portas de entrada, como pequenos cortes ou irritações.
Doenças de pele como impetigo, furúnculo e foliculite são algumas das possíveis consequências. Essas infecções podem ser especialmente perigosas em crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa.
Leia mais:
3. Possível transmissão de parasitas
Além dos vírus e fungos, também existe a possibilidade de transmissão de parasitas por meio de toalhas compartilhadas.

Embora mais raro, piolhos e ácaros causadores da escabiose (sarna) podem sobreviver por algum tempo fora do corpo, especialmente em tecidos ainda úmidos ou usados recentemente.
Se uma pessoa estiver infestada e usar a toalha, há chance de o próximo usuário entrar em contato com esses organismos. Isso é mais comum em ambientes com alta rotatividade de pessoas, como academias, hotéis, creches e até dentro de casa entre irmãos ou primos. Crianças são particularmente suscetíveis a esse tipo de transmissão.
Outro fator importante é o tempo entre os usos da toalha e a frequência de lavagem. Mesmo sem ser compartilhada, uma toalha usada por muitos dias acumula suor, oleosidade e células mortas, servindo como um depósito de matéria orgânica que favorece a proliferação de microrganismos.
Se for usada por várias pessoas ao longo de dias sem lavagem, o risco de contágio aumenta ainda mais. Especialistas recomendam que toalhas de banho sejam lavadas após três ou quatro usos, e que sequem completamente entre um uso e outro. Isso reduz consideravelmente a chance de contaminação cruzada, mesmo dentro da própria casa.
É importante entender que, embora o compartilhamento de toalhas entre pessoas saudáveis possa não gerar problemas imediatos, ele continua sendo uma prática de risco. A ausência de sintomas visíveis não significa ausência de contágio.
Muitas doenças, principalmente as de pele, são silenciosas nos primeiros dias e só se manifestam quando já foram transmitidas. Além disso, mesmo infecções leves podem se tornar complicadas se a pessoa infectada tiver condições pré-existentes, estiver com a imunidade baixa ou for parte de um grupo vulnerável, como crianças pequenas e idosos.
Portanto, manter o uso individual de toalhas é uma medida simples, barata e eficaz de evitar o compartilhamento involuntário de microrganismos.
Em locais públicos ou compartilhados, como academias, clubes e hotéis, é ainda mais importante usar sua própria toalha e garantir que ela esteja limpa e seca. Esses cuidados evitam infecções e mantêm uma boa rotina de higiene, especialmente em tempos em que a preocupação com doenças transmissíveis aumentou.
Com informações de American Association of Naturopathic Physicians.
Fonte: Olhar Digital