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Wilson Lima não recebe críticas ao cumprimentar o presidente Nicolás Maduro

Enquanto os hospitais no estado do Amazonas enfrentam superlotação com pacientes nos corredores, os professores da rede estadual de educação lutam por um aumento salarial e os indígenas protestam contra o Marco Temporal, os deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) se envolveram em um debate nesta quarta-feira (31) sobre a visita do presidente venezuelano Nicolás Maduro ao Brasil. Maduro esteve no país para se reunir com o presidente Lula e outros dez líderes sul-americanos. Durante seu pronunciamento na Aleam, o deputado Sinésio Campos (PT) defendeu a relação do Brasil com a Venezuela e criticou os Estados Unidos por promover guerras pelo mundo.

“A Venezuela precisa melhorar suas relações econômicas e enfrentar os embargos. Se há um país que vive de guerra e vende armas para o mundo todo, são os Estados Unidos. Quem não tem um país vizinho que enfrenta dificuldades? Hoje é a Venezuela, amanhã não sei qual será o próximo país. O momento agora é de diálogo”, afirmou.

Em resposta ao discurso do deputado, a deputada Débora Menezes (PL) questionou a reação do Brasil em relação à Venezuela. “Deputado Sinésio, Vossa Excelência diz que muitos brasileiros roubam porque não têm o que comer, então vamos resolver esse problema emprestando R$ 13 bilhões para a Venezuela? Estamos colocando a democracia brasileira em risco ao receber um ditador. Não acredito que acabaremos com a fome no Brasil emprestando dinheiro para a Venezuela”, afirmou.

O deputado Mário César Filho (União) também participou da discussão e criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por receber Nicolás Maduro, chamando-o de “ditador”.

“Quando eu morava em Boa Vista, acompanhei a migração venezuelana para o Brasil. É uma coisa o presidente da República receber, dialogar e conversar com qualquer líder mundial eleito democraticamente. Mas, como brasileiro, fiquei profundamente envergonhado ao ver o presidente da República receber um ditador. Não se trata de estender as mãos para as pessoas mais pobres, o Brasil acolheu os venezuelanos de braços abertos. Não há um venezuelano no Amazonas ou em Roraima que fale bem de Nicolás Maduro. Dialogar é uma coisa, receber um ditador com honrarias e tapete vermelho é outra”, destacou.

É importante ressaltar que o governador do Amazonas, Wilson Lima (União), esteve em Brasília e cumprimentou o presidente Nicolás Maduro. No entanto, ao contrário do presidente Lula, o chefe do Poder Executivo do Amazonas não recebeu críticas no parlamento estadual. O deputado Comandante Dan (PSC) ressaltou que muitos venezuelanos fugiram de seu país de origem para escapar da fome e da opressão, questionando se haverá uma política de repatriação para essas pessoas.

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