O presidente Lula (PT) assinou, nesta terça-feira 22, novos acordos comerciais com o presidente do Chile, Gabriel Boric. Em 2024, o intercâmbio comercial entre os dois países somou 11,7 bilhões de dólares — 6,7 bilhões em exportações brasileiras para os chilenos e 5 bilhões em importações.
Lula e Boric assinaram oito acordos e memorandos, além de cinco atos nas áreas de defesa, cultura, agricultura e empreendedorismo.
Na sequência, o presidente chileno enalteceu uma “revitalização” na relação bilateral com o Brasil no terceiro mandato de Lula.
“Com o desenvolvimento econômico, concordamos que perseguimos o desenvolvimento de nossos povos”, disse Boric. “Não esquecemos para quem trabalhamos: os mais desfavorecidos, os mais pobres e a classe média, importante força em nossos respectivos países.”
Segundo o chileno, os dois países compartilham princípios como democracia, multilateralismo e livre comércio. Ele declarou que Santiago se opõe à guerra comercial e à “politização arbitrária do comércio”, em uma óbvia crítica às medidas adotadas pelo governo de Donald Trump.
Em seu discurso, Lula afirmou ser “obcecado” pela integração, sobretudo entre os países da América do Sul. “Deveríamos compreender que isolados somos muito fracos”, disse o petista. “Não nascemos para viver mais 500 anos como um país pobre, para ver nosso país ser governado para 35% da população, como se os demais fossem invisíveis.”
É necessário, segundo ele, questionar por que não há países ricos na América Latina. “Depois de construir a riqueza norte-americana, agora aparece um presidente que trata os latino-americanos como inimigos”, completou, em referência a Trump.
Por:Carta Capital