Um levantamento divulgado nesta quarta-feira 9 pelo instituto Datafolha mostra que a proposta do governo de isentar de Imposto de Renda quem ganha até 5 mil reais por mês tem forte apoio popular. Nada menos do que 70% das pessoas são favoráveis, e apenas 26% contrárias.
Quando perguntados se acreditam que o Congresso vai aprovar a isenção, porém, há uma certa divisão: 50% acreditam que sim, contra 45% que pensam que não.
O mesmo levantamento também perguntou se os brasileiros aprovam a cobrança de uma alíquota mínima de Imposto de Renda para os mais ricos. Segundo os resultados, a proposta também tem forte apoio da população. São 76% os que dizem ser favoráveis à medida. Contrários somam apenas 20%.
Os entrevistados também foram questionados sobre a perspectiva dessa medida ser aprovada no Congresso Nacional. O otimismo, neste caso, é menor: 49% dos entrevistados não acreditam que os parlamentares vão aprovar a proposta. Outros 47% avaliam que sim.
O Datafolha ouviu 3.054 pessoas em 172 municípios brasileiros entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.
A proposta
O governo propôs uma alíquota mínima para quem ganha acima de 50 mil reais mensais. Apesar de estarem entre os brasileiros de maior renda, muitos dos que estão nesse grupo não pagam IR, dado que alguns rendimentos são isentos de cobrança de tributos (caso de lucros e dividendos, por exemplo). A ideia é mudar esse cenário, criando uma alíquota progressiva, que chegaria ao máximo de 10%, para quem recebe a partir de 100 mil reais por mês.
A medida é uma compensação para a ampliação da faixa de isenção para quem ganha até 5 mil reais mensais. A proposta também prevê uma cobrança menor para quem recebe entre 5 e 7 mil reais por mês.
Nas mãos dos deputados
As duas propostas – isenção para quem ganha até 5 mil e cobrança daqueles que ganham a partir de 50 mil reais – fazem parte de um único projeto do governo federal para mudar as regras do Imposto de Renda. A matéria está na Câmara dos Deputados onde será relatada pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), o ex-presidente da Casa.
Por:Carta Capital