Fogo destruiu quatro apartamentos no bairro Praça 14; criança e vítima em estado grave estão entre os feridos
Um incêndio de grandes proporções atingiu quatro apartamentos do Parque Residencial Manaus, empreendimento do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), na manhã desta sexta-feira (30), deixando oito pessoas feridas, incluindo uma criança e uma vítima em estado grave. O caso ocorreu por volta das 10h30 no bloco 28 do conjunto habitacional, localizado entre as avenidas Tarumã e Leonardo Malcher, no bairro Praça 14, zona sul da capital amazonense.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), as chamas começaram em um apartamento térreo e rapidamente se alastraram para os três andares superiores. O fogo foi controlado poucas horas depois da chegada das equipes, mas a destruição foi significativa.
“Quando a equipe chegou ao local, as chamas já estavam atingindo outros apartamentos. A maioria das vítimas não conseguiu sair pelas portas e tentou escapar pelo telhado”, explicou o subcomandante dos Bombeiros, coronel Reinaldo Menezes. Segundo ele, algumas pessoas precisaram saltar pelas janelas para fugir do incêndio.
Das oito vítimas, sete foram encaminhadas ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma dessas pessoas foi levada em estado grave para o setor de queimados da unidade. As demais foram atendidas no setor de politraumas e seguem em observação.
A oitava vítima, uma criança cuja idade não foi divulgada, foi levada ao Pronto-Socorro da Criança da zona sul. O estado de saúde da criança também não foi detalhado até o momento.
Moradores relatam desespero
Vizinhos relataram momentos de pânico e desespero durante o início do incêndio. “O fogo começou de repente e a fumaça tomou conta de tudo. Só deu tempo de pegar as crianças e correr. Foi horrível”, contou uma moradora que preferiu não se identificar.
Outros residentes tentaram ajudar antes da chegada dos bombeiros, mas a intensidade das chamas e a fumaça densa dificultaram o acesso ao prédio. “A gente tentou apagar com baldes d’água, mas não adiantava. Em minutos o fogo já estava nos andares de cima”, afirmou outro morador.
Causas ainda são desconhecidas
A perícia ainda será realizada para identificar a origem do incêndio. Equipes do Corpo de Bombeiros permanecem no local realizando o trabalho de rescaldo e aguardam as condições adequadas para que os peritos iniciem a investigação.
Até o momento, não há informações sobre o que teria provocado o fogo. Os bombeiros não descartam nenhuma hipótese, incluindo curto-circuito ou pane em equipamento doméstico.
Programa habitacional do governo estadual
O residencial afetado pelo incêndio faz parte do Prosamim, programa coordenado pelo Governo do Amazonas com objetivo de reassentar famílias que viviam em áreas de risco às margens de igarapés. Os imóveis foram entregues nos últimos anos como parte das políticas habitacionais para comunidades de baixa renda.
Muitos dos moradores afetados estão temporariamente desalojados e aguardam orientação dos órgãos públicos sobre como proceder nos próximos dias. A Secretaria de Assistência Social do estado deve ser acionada para avaliar a necessidade de abrigo emergencial e outras formas de apoio às famílias prejudicadas.
Resposta das autoridades
A Defesa Civil de Manaus informou que uma equipe foi destacada para acompanhar a situação das famílias e mapear os danos estruturais. A expectativa é de que, após o laudo da perícia, o governo estadual defina as ações emergenciais para reacomodar os moradores atingidos.
O prefeito de Manaus, David Almeida, e o governador do Amazonas, Wilson Lima, ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o ocorrido.
Investigação e suporte
A Delegacia Especializada em Polícia Civil deve instaurar inquérito para apurar se houve negligência ou responsabilidade criminal. Até o momento, a principal prioridade das autoridades segue sendo o atendimento médico e o suporte às famílias.
“Estamos focados no atendimento das vítimas e na assistência aos moradores do residencial. A partir do laudo pericial, teremos clareza sobre as causas e os desdobramentos legais”, disse um representante da Defesa Civil.