O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa nesta terça-feira (22) de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. É a segunda vez este ano que a autoridade monetária comparece à Casa Alta.
A reunião está marcada para às 10h e faz parte do calendário regular de comparecimento do presidente da autarquia à comissão, como determina o Regimento Interno da Casa. A legislação prevê que ele compareça à CAE pelo menos quatro vezes ao ano — nos meses de fevereiro, abril, julho e outubro.
Galípolo deve apresentar aos senadores as diretrizes, a implementação e as perspectivas da política monetária conduzida pelo BC, em um momento de pressão sobre a taxa básica de juros, o câmbio e os efeitos das tensões internacionais sobre a inflação brasileira.
No começo do mês, Galípolo esteve na Comissão Parlamentar de Inquérito das Bets (CPI das Bets) no Senado. Na ocasião, o banqueiro central afirmou que a autoridade monetária não tem papel na regulamentação das Bets.
“A Secretaria de Prêmios de Apostas [SPA, do Ministério da Fazenda] é quem define a bet que está autorizada ou não. O Banco Central, uma vez informado pela SPA, vai dizer para a instituição financeira: ‘você tem aí empresas para observar nos seus procedimentos e, a partir de agora, não autorizar mais.’ Não é o Banco Central que interrompe uma transação. A partir daí, é a própria instituição financeira que interrompe”, esclareceu aos senadores.
Próximas reuniões
Além da audiência no Senado, o presidente do BC também tem compromisso marcado com a Câmara dos Deputados no mês que vem.
Ele e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participarão de audiências na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) para responder questionamentos de parlamentares sobre as políticas monetária do BC e econômica do governo.
Segundo informou o presidente da CFT, deputado Rogério Correia (PT-MG), Haddad será ouvido no dia 14 de maio. Duas semanas depois, no dia 28, será a vez de Galípolo.
A autoridade monetária abordará temas como taxa de juros, inflação e os impactos do chamado “tarifaço” promovido pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre a economia brasileira.
Já o ministro da Fazenda deve detalhar a proposta de reforma do Imposto de Renda, que amplia a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil.
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Fonte: CNN Brasil