Em 2022, o garimpo na Amazônia testemunhou um aumento significativo, com a área ocupada por essa atividade ilegal expandindo-se em 35 mil hectares, equivalente ao tamanho de Curitiba. Este crescimento preocupante destaca a necessidade urgente de abordar os impactos ambientais e sociais desse fenômeno.
Ouro em Destaque
A busca pelo ouro continua a ser a principal motivação dos garimpeiros, representando impressionantes 85,4% dos 263 mil hectares destinados a essa atividade no Brasil.
Expansão em Áreas Protegidas
Um dado alarmante é a concentração do garimpo em áreas protegidas, onde sua prática é estritamente proibida. Isso inclui os Parques Nacionais do Jamanxin, do Rio Novo e da Amazônia, no Pará, a Estação Ecológica Juami Japurá, no Amazonas, e a Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
Impactos Ambientais e Sociais
Os impactos ambientais do garimpo são devastadores, incluindo o assoreamento de rios e a contaminação das águas. As bacias mais afetadas são as do Tapajós, Teles Pires, Jamanxim, Xingu e Amazonas, representando 66% da área total de garimpo no país.
Mineração Industrial Estagnada
Em contrapartida, a mineração industrial não apresentou crescimento significativo, ocupando aproximadamente 180 mil hectares em 2022, número semelhante ao registrado em 2021.
Distribuição Regional
Os estados do Pará, Mato Grosso e Minas Gerais concentram 76% da área minerada no país, com predomínio do garimpo no Pará e Mato Grosso.
Municípios Afetados
Itaituba, no Pará, é o município mais afetado pela mineração, com 71 mil hectares de área minerada, correspondendo a 16% de toda a área minerada no Brasil.
Conclusão
O aumento significativo do garimpo na Amazônia em 2022 exige ação imediata para conter essa atividade ilegal e suas consequências prejudiciais. A proteção das áreas protegidas e a aplicação rigorosa das leis são fundamentais para preservar a Amazônia e suas comunidades.