Uma das maiores inovações tecnológicas da história da humanidade aconteceu no século passado. O uso de satélites para as mais variadas finalidades alterou para sempre os rumos da humanidade.
Essa tecnologia redefiniu a maior parte da estrutura de comunicação do mundo todo. Eles são utilizados para fins militares, diplomáticos, políticos e também em nosso dia-a-dia, como nos celulares, televisão e GPS.
Agora, segundo o portal New Atlas, um novo tipo de submarino integrado com IA pode ser o novo candidato a ser causa de uma nova revolução. A inteligência artificial agora tem a capacidade de se unir a veículos marítimos autônomos para criar frotas inteligentes de sensores móveis. Estas frotas serão capazes de redefinir a inteligência naval enquanto rastreiam ameaças nos oceanos.
Satélites mudaram a história da humanidade
Falando um pouco mais sobre o uso militar e político dos satélites. Durante a primeira metade do século passado, especialmente no período das Guerra Mundiais, era praticamente impossível reunir informações sobre outros países, principalmente sobre aqueles considerados inimigos, ou aqueles extremamente fechados.

Os serviços de inteligência precisavam se apegar a qualquer mínima pista sobre um país inimigo para tentar descobrir alguma informação útil. Essa realidade mudou com o advento dos satélites durante a Guerra Fria, funcionando como quase que literais olhos em territórios rivais, eles foram os principais responsáveis pela quebra do sigilo de nações antes consideradas impenetráveis.
Empresa quer revolucionar os oceanos
Agora, uma companhia alemã planeja fazer o mesmo com os oceanos. A Helsing deseja fazer algo parecido, porém em menor escala. A proposta da empresa com sede em Munique é criar uma frota de submarinos integrados com IA que vão monitorar as rotas marítimas, ajudando a proteger cabos de comunicação e internet, tubulações e extratoras de gás e petróleo.
A Helsing revelou um novo sistema de vigilância submarina baseado em seus produtos: a plataforma de software Lura e o planador subaquático SG-1 Fathom.

Com base em décadas de dados acústicos, o sistema Lura usa IA para identificar ameaças e sons subaquáticos em tempo real. O LAM (Grande Modelo Acústico, da sigla em inglês) funciona de forma parecida com as IAS de texto, como o ChatGPT. Ele reconhece até embarcações individuais por suas assinaturas sonoras, sendo bem mais eficiente que um operador de sonar humano.
A Helsing quer digitalizar os oceanos com monitoramento constante e IA, superando sistemas como o SOSUS. O Lura/Fathom visa detectar ameaças submarinas com precisão, operando em rede e permitindo que um único operador gerencie centenas de veículos.
Leia mais:
Silencioso e eficiente, o Fathom é pequeno (195 cm, 60 kg) e ideal para missões longas, mesmo sendo lento (2 nós). Sua profundidade e alcance permanecem confidenciais. A IA da Helsing promete transformar a vigilância subaquática na Europa e além.
Fonte: Olhar Digital