A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira 8, a tramitação em regime de urgência de quatro propostas favoráveis ao Poder Judiciário.
Enquanto isso, a urgência do projeto de lei da anistia a golpistas do 8 de Janeiro, uma obsessão do bolsonarismo, segue em segundo plano para o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A urgência permite que as seguintes propostas cheguem diretamente ao plenário, sem ter de passar pelas comissões temáticas:
- PL 769/24, do Supremo Tribunal Federal, que cria 160 funções comissionadas no quadro de pessoal do STF, divididas entre os gabinetes dos ministros e pagas com recursos da Corte;
- PL 4303/24, do Superior Tribunal de Justiça, que transforma 104 cargos de técnico judiciário, nível médio, em 63 cargos de analista judiciário, nível superior;
- PL 1/25, do STJ, que cria oito varas federais em Santa Catarina, vinculadas ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região;
- PL 2/25, do STJ, que transforma quatro cargos de juiz federal substituto em três cargos de juiz federal para atuação na seção judiciária do Piauí do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Mais cedo, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou que o partido não está mais em obstrução, abandonando a estratégia que havia adotado para tentar forçar a votação da urgência da anistia.
A obstrução serve, na prática, para atrapalhar os trabalhos e impedir a votação de outras matérias. O efeito da manobra, porém, foi limitado desde a semana passada.
Segundo Sóstenes, a ordem agora é apostar no diálogo. Ele afirmou ter reunido 208 das 257 assinaturas necessárias para pautar no plenário o requerimento de urgência.
Por:Carta Capital