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Brasil e Venezuela se aproximam, impulsionando exportações e turismo no Amazonas

O Brasil e a Venezuela estão se aproximando, o que pode beneficiar as exportações do Amazonas, já que o país caribenho está entre os três maiores compradores de produtos fabricados no estado, juntamente com Colômbia e China.

De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciências, Tecnologia e Inovação (Sedecti), a Venezuela comprou em média mais de R$ 10 milhões por mês de produtos amazonenses até novembro do ano passado, com destaque para alimentos. Especialistas afirmam que as exportações do Amazonas poderiam até dobrar se o intercâmbio comercial entre os dois países fosse normalizado.

Um estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) destaca o potencial comercial entre os dois países na região conhecida como Eixo Amazônico – Orinoco. Os pesquisadores apontam as exportações de produtos industriais do Amazonas como uma área de destaque, principalmente no desenvolvimento da faixa petrolífera do Orinoco, em parceria com a Zona Franca de Manaus.

O estudo também ressalta que a Venezuela tem potencial para fornecer fertilizantes para o agronegócio brasileiro, como fosfato e ureia. A importação desses produtos, através da rodovia BR-174, e a possível exploração de potássio em Autazes tornariam o Amazonas um importante fornecedor de insumos agrícolas para as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil.

Além do fortalecimento das exportações, a aproximação entre Brasil e Venezuela também abre oportunidades no setor turístico. Os amazonenses mostram interesse nas praias caribenhas da Venezuela, enquanto os venezuelanos estão interessados na pesca esportiva nos rios do estado.

No entanto, a situação atual tem dificultado o turismo entre os dois países. Segundo Maria José Oliveira, agente de turismo, as viagens para compras em Santa Elena do Uairén e lazer em Margarita, que eram populares anteriormente, foram afetadas. Restringindo-se a comprar produtos plásticos, como geleiras, cadeiras e mesas.

 

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