O presidente recém-eleito da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, e o presidente chinês, Xi Jinping, prometeram nesta terça-feira (10) trabalhar por avanços nos laços econômicos e para manter a paz e a segurança na Península Coreana, informou o gabinete de Lee.
Em seu primeiro telefonema desde que Lee assumiu o cargo na semana passada, o presidente sul-coreano disse a Xi que esperava que os dois países buscassem um intercâmbio e cooperação mais ativos nas áreas de economia, segurança e cultura, afirmou o porta-voz da Coreia do Sul.
“O presidente Lee solicitou à China que desempenhasse um papel construtivo na desnuclearização da Península Coreana e na paz e segurança”, disse Kang Yu-jung em um briefing.
“O presidente Xi, em resposta, disse que o lado chinês se esforçaria para resolver as questões… visto que são assuntos de interesse comum para os dois países”, disse Kang.
Lee assumiu o cargo em 4 de junho, após vencer a presidência em uma eleição antecipada convocada após a deposição de Yoon Suk Yeol após uma tentativa de instaurar a lei marcial em dezembro.
Desde então, Lee conversou com o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba.
A mídia estatal chinesa informou anteriormente que Xi disse a Lee que os dois países deveriam respeitar os interesses e as principais preocupações um do outro e garantir que os laços avancem “no caminho certo”.
Uma parceria estratégica de cooperação entre os dois países traria mais benefícios para ambos e “injetaria mais certeza na caótica situação regional e internacional”, disse Xi, segundo a emissora estatal chinesa CCTV.
A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul e as relações diplomáticas entre os dois países melhoraram desde uma disputa em 2017 sobre a instalação de um sistema de defesa antimísseis dos EUA, à qual Pequim se opôs.
Ao reiterar a importância da aliança EUA-Coreia do Sul, Lee também expressou planos mais conciliatórios para os laços com a China e a Coreia do Norte, destacando a importância da China como um parceiro comercial e, ao mesmo tempo, indicando relutância em assumir posição firme sobre as tensões no Estreito de Taiwan.
Fonte: CNN Brasil