O mercado elétrico no Brasil continua crescendo e deve ganhar mais uma opção até o fim deste ano. É o que mostra um flagra feito pelo site gringo GM Authority.
Imagens gravadas na Colômbia revelam o desembarque, no porto, do SUV Wuling Starlight S. Sim, o carro é exatamente igual ao modelo chinês, mas com uma diferença: ele vem com todos os emblemas e detalhes da Chevrolet.
As informações são do Autoesporte.
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Como você pode ver pela imagem (abaixo), o veículo se chama Captiva EV – Versão Premier. Um nome bem conhecido do público brasileiro. A Captiva foi um SUV médio que fez bastante sucesso por aqui. Estreou em 2008 e teve a produção encerrada em 2017, quando foi substituída pelo Equinox.

Vale destacar que a nova Captiva não é a evolução do carro original. Trata-se apenas de uma estratégia da General Motors (da qual faz parte a Chevrolet): uma jogada de marketing. O grupo mantém uma parceria com a empresa chinesa Wuling e começou a trazer seus veículos elétricos para o mercado sul-americano.
Para não chamar seu novo EV de Wuling Starlight S, a marca decidiu rebatizar o modelo com um nome mais conhecido e com apelo para o público brasileiro. A mesma aconteceu com outro modelo que deve chegar nas próximas semanas ao nosso mercado. O Chevrolet Spark EUV, sobre o qual já falamos aqui no Olhar Digital, é, na verdade, o chinês Baojun Yep Plus.
O que esperar da nova Captiva

- Diferentemente do Spark EUV, a nova Captiva não virá com a proposta de ser um SUV barato.
- Como a Captiva original, o modelo pode ser enquadrado na categoria de SUV médio – e de quase luxo (por assim dizer).
- Levando em conta o Starlight S, o veículo terá 4,75 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,69 m de altura e 2,80 m de entre-eixos.
- Podemos esperar ainda uma central multimídia de 15,6 polegadas com reconhecimento de voz e atualizações por nuvem.
- Ele vem também com controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência, sensor de tráfego traseiro, entre outros itens.
- Na versão elétrica, o motor tem 204 cv de potência.
- A bateria é de lítio-ferro-fosfato de 60 kWh e, no padrão chinês, entrega 510 km de autonomia.
- A Chevrolet pode trazer ainda uma versão híbrida plug-in.
- Ela combina um motor 1.5 aspirado a gasolina de 102 cv com um propulsor elétrico de 136 cv.
- As baterias podem ser de 9,5 kWh ou 20,5 kWh – isso representa autonomias elétricas de 60 km ou 130 km.
- O alcance combinado, porém, é bem superior: de 1.100 km, graças ao tanque de combustível de 57 litros.
Investida contra os chineses usando… chineses?
Essa versão híbrida plug-in deve competir com o BYD Song Plus e o GWM Haval H6. Toda essa movimentação, aliás, tem como alvos as duas montadoras elétricas chinesas.

Os EVs começaram a cair mais no gosto do brasileiro. O ano passado foi de recordes para o setor. Foram comercializados mais de 140 mil carros eletrificados – um número pequeno em relação ao todo, mas que representa um salto expressivo na comparação com os anos anteriores.
Para não deixar a BYD e a GWM surfarem nessa onda sozinhas, outras montadoras também começaram a apostar mais na eletrificação. E, além de lançar seus próprios EVs, a estratégia está em firmar parcerias com outras montadoras chinesas. É o caso da Chevrolet com a Wuling e do Grupo Stellantis com a Leapmotor.
Vale lembrar que a Chevrolet já tem um SUV elétrico de luxo para chamar de seu. O Equinox EV, no entanto, deve ser menos competitivo do que a nova Captiva EV. O primeiro custa hoje cerca de R$ 440.000. A novidade chinesa (mas com nome “brasileiro”) deve ficar na casa dos R$ 350.000.
Fonte: Olhar Digital