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sexta-feira, 14 março, 2025
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Trump taxa aço e afeta Brasil

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Medida pode derrubar preços e empregos no setor siderúrgico

A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio importados atinge diretamente o Brasil. O país é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, destinando 18% de sua produção ao mercado norte-americano.

O impacto da taxação dependerá da efetivação da medida e da reação do mercado. Especialistas alertam para risco de queda de preços e demissões no setor siderúrgico brasileiro, especialmente em estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro.

EUA tentam proteger indústria local

A intenção de Trump é clara: elevar o preço do aço estrangeiro para favorecer a produção interna. Essa política já foi aplicada em seu primeiro mandato, mas acabou sendo substituída por cotas de importação para países parceiros, incluindo o Brasil.

A medida também pode pressionar a inflação nos EUA, já que a siderurgia é base para diversos setores industriais. Sem o aço importado, o custo do metal deve subir no país, o que pode gerar alta nos preços e até impactar os juros da economia norte-americana.

Brasil pode perder mercado global

Se os EUA realmente reduzirem suas importações, o mercado internacional pode ser inundado com excedente de aço, derrubando ainda mais os preços.

Além disso, a China, maior compradora global, não deve absorver o aço brasileiro, já que o país tem aumentado suas compras de minério de ferro para produção própria.

Setor siderúrgico brasileiro pode sofrer

O Brasil tem 121 mil empregos diretos e indiretos na indústria siderúrgica. A queda nas exportações pode gerar demissões, mas especialistas divergem sobre a gravidade do impacto.

A siderurgia representa 2% do PIB nacional, abastecendo principalmente o mercado interno. Para alguns economistas, a queda no preço do aço pode até beneficiar setores como a construção civil e a indústria naval.

Juros brasileiros podem subir

Se a inflação nos EUA aumentar devido à alta do preço do aço, o Federal Reserve pode elevar os juros americanos. Isso forçaria o Banco Central do Brasil a subir a Selic para evitar fuga de capitais.

Atualmente em 13,25% ao ano, a Selic já tem previsão de alta para 14,25% em março, o que pode encarecer ainda mais o crédito no Brasil.

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