A história do Titanic, marcada por heroísmo e tragédia, ganha novas camadas com a recente divulgação de scans 3D de alta precisão dos destroços. As imagens, resultado de uma colaboração entre a National Geographic e a Atlantic Productions, revelam detalhes cruciais que confirmam relatos de testemunhas oculares e lançam luz sobre os momentos finais do navio condenado.
A tecnologia utilizada, uma combinação de Light Detection and Ranging (lidar) e fotogrametria, permitiu a captura de 700.000 imagens que revelam a cena do naufrágio em detalhes sem precedentes.
O que as novas imagens do Titanic revelam?
Um dos achados mais impactantes é a confirmação de relatos sobre o heroísmo da equipe de engenheiros do Titanic. As varreduras mostram válvulas abertas e caldeiras em estado côncavo, evidenciando que a equipe manteve as máquinas funcionando até o último momento.
O objetivo era manter as luzes acesas e o navio energizado, facilitando a evacuação dos passageiros e da tripulação nos botes salva-vidas.

“Eles mantiveram as luzes e a energia funcionando até o fim, para dar tempo à tripulação de lançar os botes salva-vidas com segurança, com alguma luz, em vez de na escuridão absoluta”, disse o analista do Titanic Parks Stephenson à BBC.
Além do heroísmo, as imagens revelam detalhes cruciais sobre a tragédia. A descoberta de uma vigia esmagada, possivelmente pelo iceberg, corrobora os relatos de sobreviventes sobre a entrada de gelo nas cabines durante a colisão.
A análise das imagens também sugere que o dano causado pelo iceberg se estendeu por seis compartimentos do navio, e não quatro como se acreditava anteriormente.

Apesar da precisão das varreduras, alguns mistérios permanecem. A seção danificada da proa, escondida sob o leito oceânico, impede a confirmação visual de simulações sobre os danos causados pelo iceberg. No entanto, os scans 3D representam um avanço significativo na compreensão do naufrágio do Titanic.
Fascinating! recent 3D scans of the titanic pic.twitter.com/y4ZDQOejs6
— Kate Drawdy (@GummoXXX) April 8, 2025
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“Temos dados reais que os engenheiros podem usar para examinar a verdadeira mecânica por trás da separação e do naufrágio e, assim, chegar ainda mais perto da verdadeira história do desastre do Titanic”, afirma Stephenson. “Para a próxima geração de exploração, pesquisa e análise do Titanic, este é o começo de um novo capítulo.”
Fonte: Olhar Digital