O fazendeiro Agenor Tupinambá, de 23 anos, morador de uma fazenda em Autazes, no interior do Amazonas, foi multado em mais de R$ 17 mil pelo Ibama. Ele foi denunciado por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal. A notificação também inclui a retirada de todas as publicações feitas nas redes sociais com os animais que cuida, além da entrega de sua companheira, a capivara “Filó”, para um centro de tratamento animal.
Por meio de nota publicada no Instagram, Agenor lamentou a notificação que recebeu do Ibama e falou sobre sua paixão pelos animais. Ele afirmou que cresceu no meio do mato, onde nasceu sua paixão pelos animais. “Eu só saio de lá para estudar agronomia na capital, curso que escolhi para poder servi-los ainda mais. De todas as surpresas que a fama na internet me trouxe, eu jamais imaginei que seria acusado de abuso, maus-tratos e exploração contra animais.”
Agenor, que cuida de diversos animais em sua fazenda, entre eles, búfalos, um papagaio, um porco, um mergulhão selvagem, um biguá e um pato mergulhão, foi surpreendido em 2022, quando recebeu a capivara “Filó” de presente. A capivara foi capturada pelos índios próximos a uma aldeia, que não sabiam que ela estava grávida. Eles cortaram a barriga dela e a “Filó” nasceu, conseguindo sobreviver. Os índios deram a capivara para o primo de Agenor, que, por sua vez, a entregou ao fazendeiro, que passou a oferecer os cuidados e a companhia para ela.
A amizade entre Agenor e “Filó” se tornou viral nas redes sociais, e o fazendeiro passou a compartilhar sua rotina ao lado dos animais em seu perfil. Apesar da multa e da notificação, Agenor continua a afirmar que é um guardião dos animais e que oferece os melhores cuidados a eles.