Roraima – Os três senadores por Roraima utilizaram, nos primeiros meses deste ano, um total de R$ 520 mil da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), conhecida como cotão. Esses dados estão disponíveis na aba Transparência e Prestação de Contas do site do Senado Federal.
O senador Chico Rodrigues (PSB), líder no ranking de reembolso de gastos, ficou famoso em 2020 ao ser flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil escondidos nas nádegas durante a operação Desvid-19. Surpreendentemente, mesmo durante o período de recesso parlamentar, o senador não dispensou o uso do cotão. De janeiro a junho deste ano, seus gastos reembolsados pela cota totalizaram R$ 242.957,60. O maior custo foi com passagens aéreas, totalizando R$ 89.566,16, sendo que o mês de março concentrou a maior despesa, alcançando R$ 27.133,19.
No caso de Chico Rodrigues, o segundo maior gasto foi de R$ 76.819,00, relacionado a hospedagem, alimentação e combustíveis. Além disso, o senador solicitou reembolso de R$ 63 mil para impulsionar sua publicidade e divulgação da atividade parlamentar.
Já o senador Mecias de Jesus, acusado de ser um dos responsáveis pela crise humanitária do povo Yanomami em Roraima, obteve reembolso de R$ 150.265,87 somente neste ano. O maior valor, até o momento, foi de R$ 67.082,31, referente a passagens aéreas. Em seguida, seu segundo maior gasto foi de R$ 52.500,00 em alimentação, combustíveis e hospedagem. Além disso, o senador registrou despesas com aluguel de imóveis e material de consumo.
Nos primeiros meses de seu mandato, o senador Hiran Gonçalves já recebeu o reembolso de R$ 127.771,49. O maior custo, até agora, foi relacionado a “serviços de apoio ao parlamentar”, totalizando R$ 50.616,37. Além disso, o senador solicitou reembolso por custos com material de consumo, aluguel de imóveis, locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis, divulgação da atividade parlamentar e passagens aéreas.