Após a Operação Comboio, o Governo do Amazonas exonerou o secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), general da reserva Carlos Alberto Mansur
Acusações Graves e Envolvimento do Secretário
Segundo o Gaeco, os membros da quadrilha organizavam diligências com o uso da própria máquina do estado com o objetivo de extorquir dinheiro de criminosos. O MPAM suspeita ainda que havia um posto policial separado especificamente para receber o dinheiro da extorsão. Uma empresa seria utilizada para lavar o dinheiro do esquema em São Paulo, fato que motivou a participação do Gaeco paulista na operação.
O esquema contava com a participação de policiais civis e militares e tinha envolvimento direto do secretário e general Carlos Alberto Mansur. A informação foi confirmada pelo próprio Procurador Geral de Justiça, Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, durante a coletiva de imprensa da operação, que aconteceu na sede do Ministério Público, na manhã desta terça. Também estão sendo investigados crimes de corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro.
Desdobramentos e Buscas
Foram cumpridos 16 mandados de busca tanto nas dependências da secretaria quanto nas residências de servidores e membros da alta cúpula da pasta. Até o momento da finalização desta matéria, uma pessoa havia sido presa por porte ilegal de arma de fogo. Ainda não há confirmação de quem seria esse preso. Segundo as autoridades, outras 3 prisões ainda podem acontecer ao longo do dia. Todos os envolvidos terão pedido de quebra de sigilo fiscal para apurar possíveis novas irregularidades.
Exoneração do Secretário
No final do dia, o Governo do Amazonas informou em nota a exoneração do Secretário Carlos Alberto Mansur. Segundo o governo, os servidores efetivos, também investigados e alvos da operação, “foram imediatamente afastados das funções que ocupavam e as demais providências administrativas serão adotadas a fim de esclarecer os fatos”. Já os servidores comissionados foram exonerados dos cargos. O escândalo abala a segurança pública do estado e coloca em questão a integridade da administração do órgão.