O governo da Rússia acusou países europeus neste sábado (10) de fazerem declarações contraditórias e conflituosas.
A acusação veio após líderes da Europa apoiarem um plano dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia e ameaçarem a Rússia com sanções “massivas” caso ela não cumprisse.
“Ouvimos muitas declarações contraditórias da Europa. Geralmente, elas são de natureza conflituosa, em vez de tentar reavivar nossas relações. Nada mais”, comentou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres.
O presidente Vladimir Putin “disse repetidamente que está pronto para contatos com quaisquer líderes”, falou Peskov. “E ele está aberto à interação, ao diálogo com eles, na medida em que os próprios estejam prontos.”
A Ucrânia e os líderes europeus concordaram neste sábado (10) que uma trégua incondicional de 30 dias deve começar na segunda-feira (12), com o apoio do presidente americano, Donald Trump.
“Portanto, todos nós aqui, juntamente com os EUA, estamos desafiando Putin. Se ele leva a sério a paz, então ele tem a chance de demonstrá-la”, falou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
A Rússia há muito tempo afirma estar aberta a negociações, acusando Kiev de fechar essa opção ao adotar um decreto de 2022 que exclui qualquer negociação com Putin.
Na sexta-feira (9), Peskov foi citado dizendo que a Rússia apoiava a implementação de um cessar-fogo de 30 dias, mas apenas com a devida consideração de “um grande número de nuances”.
Em declarações separadas à ABC News, transmitidas no sábado, o porta-voz sugeriu que a assistência militar ocidental à Ucrânia teria que cessar para que um cessar-fogo pudesse acontecer. “Caso contrário, seria uma vantagem para a Ucrânia”, disse ele.
A Rússia acredita ter vantagem no campo de batalha e diz estar preocupada que a Ucrânia possa usar uma pausa de 30 dias na guerra para descansar suas forças, mobilizar mais homens e obter mais armas ocidentais.
Fonte: CNN Brasil