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sábado, 7 junho, 2025
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Primeira bactéria que encontramos na vida pode ser importante para a saúde

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Segundo cientistas, a descoberta pode ajudar na criação de terapias que estimulem a proliferação de bactérias boas em bebês

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Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock

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Existe um número incontável de bactérias dentro do corpo humano. E, ao contrário do que muitos imaginam, elas atuam para manter o nosso organismo em funcionamento, sendo, na enorme maioria das vezes, benéficas para a saúde.

As primeiras bactérias aparecem logo nas horas seguintes ao nascimento. E, de acordo com pesquisadores do Reino Unido, elas podem reduzir pela metade o risco de infecções perigosas em bebês e crianças.

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Bactérias que vivem no nosso corpo ajudam no equilíbrio do organismo (Imagem: wildpixel/iStock)

Bactérias fortalecem nosso sistema imunológico

  • Segundo os cientistas, o contato com micróbios é crucial para o desenvolvimento do nosso sistema imunológico.
  • Ao sair do útero da mãe, o bebê é estéril, mas isso não dura muito tempo.
  • Logo, o corpo do recém-nascido é tomado pelas bactérias e outros organismos, formando o que é chamado de microbioma.
  • Sabendo disso, pesquisadores da University College London (UCL) e do Sanger Institute, no Reino Unido, investigaram os primeiros estágios de colonização do nosso corpo por estes micróbios.
  • As descobertas podem ajudar na criação de terapias que estimulem a proliferação de bactérias boas em bebês.
  • As informações são da BBC.

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Bactérias são fundamentais para o desenvolvimento do sistema imunológico do recém-nascido (Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E)

Bactéria específica apresentou efeito protetor

Durante o trabalho, a equipe coletou amostras de fezes de 1.082 recém-nascidos na primeira semana de vida. Em seguida, realizou uma análise genética com o objetivo de descobrir exatamente quais espécies estavam presentes, e o quão comuns elas eram em cada criança.

Os bebês foram acompanhados pelos dois anos seguintes. Os cientistas descobriram que um dos primeiros habitantes do corpo humano, a bactéria Bifidobacterium longum, parecia ter um efeito protetor. Apenas 4% dos bebês com esta espécie passaram uma noite no hospital com infecção pulmonar.

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Bebês passam a ter contato com os primeiros micróbios logo após o nascimento (Imagem: estherca/Shutterstock)

Já os pacientes com bactérias iniciais diferentes tinham de duas a três vezes mais chance de precisar ficar internados. Estes são os primeiros dados que mostram que a formação do microbioma afeta o risco de infecção.

Acredita-se que as bactérias boas venham da parte final do sistema digestivo da mãe. No entanto, os pesquisadores não sabem explicar porque a Bifidobacterium longum só foi identificada em bebês que nasceram de parto normal. Novos estudos devem tentar responder a esta pergunta.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.




Fonte: Olhar Digital

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