A companhia aérea Gol anunciou nesta sexta-feira (28) que teve prejuízo líquido de R$ 5,1 bilhões no quarto trimestre, ampliando em cerca de quatro vezes e meia o resultado negativo de um ano antes.
A empresa, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, apurou um desempenho operacional medido pelo Ebitda negativo em R$ 443 milhões, revertendo resultado positivo de 1,6 bilhões apurado no quarto trimestre de 2023.
A margem, que era positiva em 32% no final de 2023, terminou 2024 negativa em 8%.
A piora nos números veio em parte com o peso da valorização do dólar contra o real no final do ano passado, que fez a linha de despesas financeiras crescer de R$ 2,05 bilhões no quarto trimestre de 2023 para R$ 5,54 bilhões nos três meses encerrados em dezembro passado.
A companhia teve crescimento na receita líquida de 9,5%, a R$ 5,52 bilhões, mas os custos e despesas operacionais dispararam quase 69% no período, a R$ 6,5 bilhões, pressionados por salto de 96% na linha de prestação de serviços, enquanto material de manutenção e reparo teve um incremento de 39%.
A Gol também anunciou projeções para este ano, estimando ter receita líquida de entre R$ 22,1 bilhões e R$ 22,7 bilhões após um faturamento de R$ 19,1 bilhões em 2024.
A expectativa para o Ebitda recorrente é de entre R$ 5,7 bilhões e R$ 5,9 bilhões, acima dos R$ 5,26 bilhões do ano passado, quando a margem da empresa foi de 27,5%.
A Gol terminou 2024 um caixa de R$ 2,5 bilhões, acima dos R$ 783 milhões de um ano antes. Mas a dívida líquida da empresa cresceu 67,5%, para R$ 32,2 bilhões, com a alavancagem do grupo avançando de 3,8 para 6,1 vezes quando medida pela relação entre dívida líquida sobre Ebitda recorrente.
A companhia aérea, que está tentando uma fusão com a rival Azul, tinha ao final do ano passado uma frota de 138 aviões ante 141 aeronaves em 2023.
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Fonte: CNN Brasil