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segunda-feira, 19 maio, 2025
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Por que as aves e crocodilos sobreviveram ao asteroide, mas não os dinossauros?

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Há 66 milhões de anos um asteroide do tamanho de uma cidade colidiu com a Terra e levou diversas criaturas à extinção. É o caso dos dinossauros. Porém, algumas espécies, como as aves e crocodilos, conseguiram sobreviver. Mas como isso foi possível? Existem hipóteses e estudos que mostram o que pode ter contribuído para a sobrevivência dessas espécies. 

Como e por que algumas espécies sobreviveram ao asteroide, mas não os dinossauros?

De acordo com o IFLScience, um site científico que tem sede no Reino Unido, a sobrevivência das aves provavelmente aconteceu porque uma parte delas estava no hemisfério sul, pois era um local mais distante do impacto e, assim, menos exposto à primeira explosão. 

Além disso, o asteroide provavelmente caiu na Terra no período do outono e cientistas acreditam que havia aves hibernando na época, o que também pode ter protegido as aves na hora da explosão original. As espécies provavelmente acordaram apenas quando ocorria a recuperação da vegetação e, assim, conseguiram sobreviver. 

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Hoje em dia, não existem espécies de aves que hibernam, mas há as que entram em um estado chamado de torpor. O pássaro Noitibó-de-nuttall (Phalaenoptilus nuttallii), por exemplo, quando entra nesse estado, fica semanas dormindo sem ter a necessidade de se alimentar. Se isso ocorresse em um local que oferecesse proteção contra a radiação infravermelha, já seria um belo passo para sobreviver ao asteroide. 

Grupo de pássaros voando em formação que lembra a letra V durante dia nublado
(Imagem: EagleEye Photos/Shutterstock)

A Dra. Melanie During, paleontologista de vertebrados, em entrevista ao IFLScience, afirmou que a recuperação do ecossistema depois do asteroide foi duas vezes mais rápida no hemisfério sul do que no norte. Ela também afirmou que, apesar de não haver nada comprovado, é possível que mais espécies tenham sobrevivido por lá.

O Dr. Derek Larson, do Museu Real da Colúmbia Britânica, também em entrevista ao IFLScience, acrescenta uma ideia, com base em um estudo que fez comparações entre os bicos de dinossauros do tamanho de pássaros na época em que caiu o asteroide. Para ele, características como o tamanho corporal, habitat e dieta foram essenciais para a sobrevivência das aves. 

Por meio desse estudo, Larson e coautores conseguiram verificar algumas características que podem ter sido determinantes para a sobrevivência de algumas aves. As que não tinham dentes, por exemplo, comiam sementes, o que pode ter contribuído para elas conseguirem viver, já que o alimento era o de maior probabilidade de ficar disponível por bastante tempo mesmo após o impacto. 

Imagem: Oleg Kovtun Hydrobio/Shutterstock

E os crocodilos, como sobreviveram?

Os crocodilos têm características que podem ter sido primordiais para a sobrevivência deles. Esses animais, por exemplo, podem ficar muito tempo sem comer e mesmo assim se manterem vivos. De acordo com especialistas em espécies reptilianas, é possível que eles passem meses sem se alimentar. Entretanto, há casos extremos em que a espécie sobrevive até 3 anos sem se alimentar. 

Crocodilos também têm o costume de acordarem e permanecerem imóveis por longos períodos, economizando energia e ganhando reservas importantes. 

Outro aspecto que pode ter colaborado para a sobrevivência desses animais é que, apesar do impacto com o asteroide ter causado densas névoas, bloqueando o Sol e dificultando a alimentação, esses animais, nativos de ambientes com lagos e rios, não sofreram tanto, pois se alimentavam de seres aquáticos que consumiam matéria orgânica em decomposição.



Fonte: Olhar Digital

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