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sexta-feira, 25 abril, 2025
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PL cogita aumentar artilharia por anistia; Motta reforça laço com líderes

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Deputados federais do Partido Liberal (PL) cogitam aumentar a artilharia de críticas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pela decisão dele de não pautar na semana que vem o projeto de lei que anistia envolvidos no 8 de janeiro de 2023, e crimes correlatos.

A oposição reclama de uma suposta falta de vontade política de Motta. Na prática, a atitude do presidente da Câmara ajuda a isolar o partido de Jair Bolsonaro dentro da Casa.

O PL pretende obstruir os trabalhos da Câmara e estuda começar a fazer mais críticas públicas diretamente a Motta, o que os deputados da sigla tinham evitado até o momento.

Parlamentares do PL também cogitam fazer greve de fome com familiares de presos do 8 de janeiro – inspirados na atitude do colega Glauber Braga (PSOL-RJ) na tentativa de não ser cassado – e tomar as rédeas da divisão de mais de R$ 6 bilhões em comissões comandadas pela sigla.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que “não vão arredar um milímetro” na pauta da anistia. “O que queremos é justiça, que faltou ao Supremo Tribunal Federal.”

Apesar das possibilidades de retaliação, líderes da base e do centrão duvidam da capacidade do PL.

Hugo Motta tem a maioria dos líderes partidários ao seu lado, ainda mais depois do jantar que promoveu entre caciques da Câmara e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta última quarta-feira (23).

Motta busca ganhar tempo e viabilizar uma alternativa junto do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). As saídas podem ser por meio de um projeto de lei para aplicar penas mais proporcionais, ou por meio do próprio Supremo Tribunal Federal (STF), com a revisão de punições a crimes mais leves do 8 de janeiro.

“Líderes que representam mais de 400 deputados na casa decidiram que o tema não deveria entrar na pauta da próxima semana. […] Há aqui uma sinalização que o diálogo pode, ao final, nos fazer avançar para uma solução”, declarou Motta.

O foco da articulação do Planalto no momento é segurar o centrão junto a Lula, que reforçou a vontade de se reeleger em 2026 a líderes.

Deputados do centrão argumentam que hoje não são tão dependentes do governo para a liberação de emendas e que o impacto dos cargos vem diminuindo diante do poder que os parlamentares alcançaram na distribuição do orçamento. A fragilidade da articulação do Planalto foi exposta pela recusa do líder do União Brasil, deputado Pedro Lucas (União Brasil-MA), em assumir o Ministério das Comunicações.

De olho na própria governabilidade, Lula decidiu não retaliar o União, que continuou com o comando da pasta. Além do racha na Esplanada, pelo menos 40 dos 59 deputados da sigla apoiam a urgência à anistia e uma ala defende o desembarque imediato do governo.



Fonte: CNN Brasil

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