É o que aponta a nova edição do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2023, um dos mais tradicionais mapeamentos do ambiente de negócios do país, divulgado nessa segunda-feira (27).
O levantamento foi criado pela Endeavor e, nesta edição, realizado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Ao todo, 101 cidades foram avaliadas.
O objetivo é analisar e comparar os ecossistemas empreendedores dos 101 maiores municípios do Brasil, explorando as condições que essas cidades oferecem para o desenvolvimento da atividade empreendedora.
Além da classificação geral, o Indice de Cidades Empreendedoras premia características específicas dos municípios brasileiros. O mapeamento avaliou sete pilares vitais para o crescimento de um negócio:
- Ambiente regulatório;
- Infraestrutura;
- Mercado;
- Acesso a capital;
- Inovação;
- Capital humano;
- Cultura empreendedora.
São Paulo reúne as melhores condições para os empreendedores no Brasil, segundo ranking geral do ICE. Florianópolis e Joinville, ambos em Santa Catarina, ocupam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente.
Brasília fica em quarto lugar e Niterói, no Rio de Janeiro, ocupa a quinta posição do ranking geral (veja as dez melhores cidades mais abaixo).
Na análise por pilares, Boa Vista lidera a categoria Cultura Empreendedora, que destaca cidades com instituições que atuam no tema e moradores que buscam informações sobre empreendedorismo e os processos de abertura de empresas.
“O sucesso de Boa Vista talvez se dê porque a cidade é um caso muito interessante de engajamento do poder público municipal no fomento ao empreendedorismo. Além de ter instituído uma Agência Municipal de Empreendedorismo e Fomento, conta com um programa de apoio aos pequenos negócios da cidade, que contemplou microcrédito a alguns empreendedores”, explica o estudo.
No quesito Mercado, a capital ocupa o 7° lugar e a presença dela na categoria foi destacada pelo ICE. Segundo a pesquisa, desde que o fluxo migratório de imigrantes venezuelanos se intensificou, as exportações roraimenses cresceram vertiginosamente, em que as trocas com o país vizinho representam mais de 73% das vendas para o comércio exterior.
Na categoria Ambiente Regulatório, onde são retratados o tempo gasto com processos burocráticos e judiciais, a cidade fica na 22ª posição. Já no Acesso Capital, que investiga operações de crédito por município, ela aparece na 61ª colocação e em Inovação, no 65° lugar.
No ranking do Capital Humano, Boa Vista figura entre os 70 primeiros, com a 67ª colocação. E na Infraestrutura, pilar que está diretamente ligado às conexões com outras cidades e países e aos custos envolvidos na manutenção da estrutura do negócio, ela ocupa o 90° lugar.
Classificação geral
- São Paulo (SP)
- Florianópolis (SC)
- Joinville (SC)
- Brasília (DF)
- Niterói (RJ)
- Boa Vista (RR)
- Curitiba (PR)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Macapá (AP)
- Goiânia (GO)