A Polícia Federal (PF) conduziu uma operação em Nova Olinda do Norte, no Amazonas, na segunda-feira (5), no âmbito da investigação do caso conhecido como “Massacre do Rio Abacaxis”. A ação teve como alvos um hotel, supostamente utilizado por policiais militares para torturar uma das vítimas.
A PF obteve sete mandados de busca e apreensão, solicitados à Justiça. Entre os alvos estão empresários e um advogado. A investigação aponta que policiais militares do Amazonas, envolvidos nos crimes, teriam usado as instalações do hotel para praticar tortura contra uma das vítimas.
De acordo com a reportagem, a PF suspeita que o proprietário do hotel inicialmente tenha dificultado as investigações. Isso porque ele teria fornecido um disco rígido (HD) do sistema de vigilância do local, mas que não continha imagens do dia do crime.
“Em um primeiro momento, a Polícia Federal requisitou as gravações do circuito fechado, o HD; requisitou informações sobre os hóspedes e os funcionários presentes no hotel naquele momento. Houve recusa em atender às requisições. Não informaram quem estava hospedado naquele momento nem quando ocorreu a entrega do HD. Segundo a perícia, ao analisar objetivamente, o HD nunca foi conectado ao sistema de vigilância”, afirmou o delegado da PF Jonatan Simas.
