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quarta-feira, 21 maio, 2025
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ONU Mulheres e Claro firmam projeto para vítimas de violência e refugiadas

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A empresa de telecomunicações Claro anunciou um acordo com a ONU Mulheres para um projeto de apoio a mulheres vítimas de violência doméstica e refugiadas.

A iniciativa “Mulher + Tech – conexão para novos começos” será implementada em 10 capitais brasileiras e vai oferecer capacitação em direitos humanos e letramento digital, com o objetivo de dar autonomia financeira às participantes.

A parceria foi celebrada, nesta terça-feira (20), em um evento com o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, seu antecessor, o deputado federal Juscelino Filho, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri e os conselheiros Cristiana Camarate e Alexandre Freire – responsável por iniciar o diálogo com a Claro que originou o projeto.

O projeto deve contar com a participação de 10 organizações parceiras da sociedade civil com atuação regional que, sob a supervisão da ONU Mulheres, serão responsáveis pelas capacitações e acompanhamento das mulheres durante as agendas presenciais.

O presidente da Claro, José Felix, afirma que o projeto nasceu de conversas com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a diferença que o acesso à conectividade poderia fazer no dia a dia dessas mulheres.

Temos o propósito de usar a conectividade como uma ferramenta para transformação e uma forte conexão com o pilar de responsabilidade social… convidamos a ONU Mulheres em prol da promoção de melhores condições para mulheres em situação de vulnerabilidade

José Felix, presidente da Claro

As organizações, que ainda serão selecionadas, irão receber um investimento inicial para apoiar a implementação do programa, além de suporte em infraestrutura com conectividade e equipamentos fornecidos pela operadora.

O ciclo de capacitação e letramento digital vai durar um ano e contemplará 2 mil mulheres. No início do programa, as participantes recebem um chip da Claro com plano gratuito por 12 meses.

Ao final, a empresa também oferece um aparelho celular para todas as mulheres presencialmente capacitadas para colocarem em prática as habilidades digitais desenvolvidas e conquistar oportunidades de trabalho e independência financeira, possibilitando mais autonomia e melhores condições às suas famílias.

Ana Carolina Querino, a Representante Interina da ONU Mulheres no Brasil, ressalta a importância no letramento digital para a autonomia financeira das mulheres e para o enfrentamento da violência.

A digitalização do trabalho revolucionou nossas vidas, mas amplificou as desigualdades e abriu espaço para novas formas de violência. Por isso, é estratégico mobilizar para diminuir a lacuna que ainda existe no acesso das mulheres ao conhecimento e recursos. Só assim elas serão capazes de efetivar seus direitos também com o uso das novas tecnologias

Ana Carolina Querino, Representante Interina de ONU Mulheres no Brasil

35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto e cerca de 51 mil mulheres sofreram violência diariamente em 2022. As informações são da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil – 2023”, feita pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o DataFolha.

Outro estudo desenvolvido por uma parceria entre ONU Mulheres, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), identificou que, entre as mulheres venezuelanas interiorizadas, 5,74% relataram ter sofrido algum tipo de violência.

“Este projeto representa um passo importante na redução das desigualdades e no fortalecimento da autonomia de mulheres que, historicamente, enfrentam desafios para conquistar os mesmos direitos e oportunidades que os homens”, conclui Alexandre Freire, conselheiro da Anatel.

A Claro está presente em mais de 4,8 mil cidades brasileiras e disponibiliza serviços para 98% da população. Recentemente, a companhia foi escolhida como a empresa de telecomunicações mais inovadora do Brasil, pela 10ª edição do Prêmio Valor Inovação 2024.

ONU Mulheres

A ONU Mulheres é a entidade da Organização das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.

Em 2025, a organização, que é reconhecida como uma voz forte e ressonante para mulheres e meninas, completa 15 anos de atuação global.

A entidade trabalha no apoio normativo aos Estados-membros em matérias de direitos humanos das mulheres e meninas, na coordenação de iniciativas de igualdade de gênero no sistema ONU e na implementação de projetos em suas áreas estratégicas.

No Brasil, a ONU Mulheres trabalha em cooperação com o Governo Federal, a sociedade civil e a iniciativa privada pelo empoderamento econômico, participação política e eliminação da violência contra as mulheres.



Fonte: CNN Brasil

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