Com a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de elevar a Selic a 14,75% ao ano, o Brasil tem sua maior taxa básica de juros desde julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Lula (PT), quando o índice estava em 15,25% ao ano.
À época, o Brasil viveu um novo ciclo de alta nos juros a partir de setembro de 2004, quando o Copom aumentou a Selic de 16% para 16,25% ao ano. Nas reuniões seguintes, elevou a taxa para 16,75% (outubro de 2004), 17,25% (novembro de 2004), 17,75% (dezembro de 2004), 18,25% (janeiro de 2005), 18,75% (fevereiro de 2005), 19,25% (março de 2005), 19,5% (abril de 2005) e 19,75% (maio de 2005).
Nos encontros de junho, julho e agosto, o comitê manteve os 19,75%. Em setembro de 2005, começou um ciclo de queda: primeiro para 19,5%, depois para 19% (outubro de 2005), 18,5% (novembro de 2005), 18% (dezembro de 2005), 17,25% (janeiro de 2006), 16,5% (março de 2006), 15,75% (abril de 2006) e 15,25% (maio de 2006). Na reunião de 17 de julho de 2006, a Selic caiu para 14,75%.
Aquela onda de redução persistiu até setembro de 2007, quando o índice estava em 11,25%.
Nesta quarta-feira, ao levar a taxa a 14,75%, o Copom optou por não antecipar a tendência para a próxima reunião, marcada para 17 e 18 de junho. Disse, porém, que o cenário “prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.”
Por:Carta Capital