A ofensiva contra a permanência de Ednaldo Rodrigues à frente da Confederação Brasil de Futebol ganhou um reforço. Filho do ex-presidente José Sarney e um dos vice-presidentes da entidade, Fernando Sarney pediu ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira 7 que reconsidere a decisão que devolveu o comando da CBF a Ednaldo, em janeiro do ano passado.
A demanda chegou ao gabinete do ministro Gilmar Mendes. Fernando também requer que o magistrado suspenda os efeitos do acordo de dirigentes e ex-dirigentes da CBF que reconheceu a legalidade da eleição de Ednaldo em março de 2022.
A solicitação menciona uma suspeita levantada pela deputada federal Daniela Carneiro (União-RJ) em petição encaminhada ao STF: de que haveria irregularidade na assinatura do ex-presidente da CBF Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, no acordo. Segundo o documento, o cartola teria problemas de saúde que tirariam dele condições cognitivas de assinar os termos do acerto.
O filho de José Sarney diz ainda que a CBF tinha ciência dessas limitações e menciona uma perícia que teria apontado indícios de falsificação da assinatura.
“O mais grave elemento é que a assinatura possivelmente objeto da fraude foi aposta no documento do acordo não apenas para ludibriar e obter vantagens indevidas contra os demais subscritores, mas também para frustrar a integridade do sistema de justiça, pondo fim de forma artificial e espúria a importante demanda em curso, beneficiando diretamente Ednaldo Rodrigues Gomes”, escreveu Fernando.
Embora seja um dos oito vice-presidentes da CBF, Fernando Sarney não foi reeleito na chapa de Ednaldo, em março deste ano.
Por:Carta Capital