Você pode pensar que já viu todas as cores, mas cientistas acabaram de criar uma inédita. Pode parecer estranho, mas as variações de cores são quase infinitas, e a nova tonalidade, batizada de “olo”, foi apresentada esta semana. Agora, um artista alega ter criado uma tinta desse tom — mas será possível?
Primeiro, é preciso entender que, no experimento descrito na revista Science Advances, os pesquisadores afirmam ter desenvolvido uma técnica que permite enxergar uma cor nunca antes vista por humanos.
- A técnica – chamada de Oz – consiste em disparar pulsos de laser nos olhos para estimular as células da retina;
- O método supostamente ampliou os limites naturais de percepção e permitiu a visualização da nova cor – que ganhou o nome de olo;
- Olo foi descrita como uma espécie de azul-esverdeado altamente saturado;
- A experiência, porém, já está sendo contestada por especialistas.

Artista cria tinta da nova cor
Agora, o artista Stuart Semple criou sua própria versão da cor azul-esverdeada com base na pesquisa americana. Semple, que já havia produzido o que alega serem as tintas mais pretas e rosadas do mundo, sintetizou sua versão de uma maneira menos tecnológica.
Ele misturou pigmentos e adicionou agentes branqueadores ópticos fluorescentes, que absorvem luz ultravioleta e emitem luz azul visível, fazendo com que a tinta supostamente reproduza o efeito (ou pelo menos algo semelhante) criado em laboratório.
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“Sempre achei que a cor deveria estar disponível para todos”, disse Semple ao The Guardian. “Lutei durante anos para liberar essas cores que são propriedade de corporações, que cientistas patentearam ou que foram licenciadas para uma única pessoa”, completou.
A cor original criada pelos cientistas se chama olo. Já a tinta do artista foi batizada de “yolo”.
Experiência de nova cor foi contestada
A experiência de olo vem sendo contestada por especialistas. John Barbur, da Universidade de Londres, disse ao The Guardian que a pesquisa tem “valor limitado”, e não há como olo ser uma nova cor.
“É um verde mais saturado que só pode ser produzido em um indivíduo com mecanismo cromático vermelho-verde normal quando a única informação vem dos cones M [fotorreceptores da retina que reagem a ondas de luz de comprimento médio]”.
Apesar disso, os criadores da técnica acreditam que Oz possa ser usada para apoiar estudos do daltonismo – e, talvez, até mesmo ajudar a tratar o distúrbio.
Fonte: Olhar Digital