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segunda-feira, 31 março, 2025
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Nova bomba nuclear gravitacional dos EUA começa a sair do papel

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Os Estados Unidos anunciaram o início da produção em larga escala de uma nova arma nuclear: a bomba gravitacional B61-13

Homem montando bomba nuclear dos Estados Unidos
(Imagem: SNL)

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Os Estados Unidos anunciaram o início da produção em larga escala de uma nova arma nuclear. A fabricação da bomba B61-13 começou sete meses antes do previsto. E integra o programa de modernização do arsenal nuclear estadunidense.

“Em resposta a um desafio crítico e uma necessidade urgente, o programa B61-13 adotou um planejamento que resultou numa entrega prevista sete meses antes do esperado”, informou o Sandia Naitonal Laboratories (SNL), em nota.

O projeto foi iniciado em 2023 pela Administração Nacional de Segurança Nuclear dos EUA (NNSA, na sigla em inglês), com custo estimado em US$ 92 milhões (aproximadamente R$ 528 milhões).

Por dentro da B61-13, a nova bomba nuclear gravitacional dos Estados Unidos

A B61-13 é uma bomba gravitacional. O nome parece saído de uma história sci-fi, mas significa apenas que a bomba é jogada de aviões, ao invés de lançada em mísseis. Baseada no modelo B61-7, ela traz melhorias nos sistemas de segurança para evitar o uso não autorizado.

Dois jatos sobrevoando explosões de bombas jogadas por eles
Bombas gravitacionais são as jogadas de aviões, ao invés de lançadas em mísseis (Imagem: Ivan Cholakov/Shutterstock)

A bomba tem ogiva de rendimento variável e pode ser programada para explodir com potências entre dez e 360 quilotons. Isso permite ajustar seu uso contra alvos convencionais ou estruturas mais resistentes. Assim, seu uso tem mais precisão e menos danos colaterais.

Com kit de cauda guiado, a bomba se torna mais precisa e permite que o avião se mantenha distante das defesas inimigas. Inicialmente, ela será usada pelo bombardeiro B-2 Spirit. No futuro, será integrada ao novo bombardeiro furtivo B-21 Raider.

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Nova bomba nuclear aumenta capacidade de dissuasão dos EUA sem ampliar seu total de armas (Imagem: Alones/Shutterstock)

A B61-13 também pode substituir ogivas antigas e recentes, o que aumenta a capacidade de dissuasão dos EUA sem ampliar o número total de armas.

“A equipe do B61-13 reordenou as prioridades das atividades de qualificação, planejou testes em conjunto com os parceiros da Força Aérea dos EUA e finalizou os requisitos em parceria com o Laboratório Nacional de Los Alamos e a NNSA”, diz a nota do SNL.


Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, jornal e revista. No Olhar Digital, onde escreve sobre (quase) tudo.




Fonte: Olhar Digital

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