O candidato nacionalista polonês da oposição, Karol Nawrocki, venceu o segundo turno das eleições presidenciais do país com 50,89% dos votos, informou a comissão eleitoral polonesa na manhã desta segunda-feira (2).
Seu rival, Rafal Trzaskowski, prefeito liberal de Varsóvia e aliado do governo liderado pelo primeiro-ministro Donald Tusk, obteve 49,11%.
Nawrocki, de 42 anos, historiador eurocético e boxeador amador que dirigia um instituto nacional de memória, fez campanha com a promessa de garantir que as políticas econômicas e sociais favorecessem os poloneses em detrimento de outras nacionalidades, incluindo refugiados da vizinha Ucrânia.
Ele é um defensor do presidente dos EUA, Donald Trump, e visitou a Casa Branca nas semanas que antecederam a eleição.
No primeiro turno das eleições, duas semanas atrás, ficou em segundo lugar, atrás de Trzaskowski. Nawrocki recebeu o apoio tardio do candidato de ultra direita, que ocupava o terceiro lugar.
O historiador agora cederá o enorme poder de veto presidencial, que Andrzej Duda, presidente do país, usou com frequência para frustrar a agenda de Tusk.
Embora o parlamento polonês detenha a maior parte do poder, o presidente pode vetar leis, e a votação estava sendo acompanhada de perto na Ucrânia, bem como na Rússia, nos Estados Unidos e em toda a União Europeia.
A UE recorreu a Tusk em busca de um plano para reverter os efeitos do populismo na democracia, mas a vitória de Nawrocki não fazia parte dos planos.
Tusk expulsou o PiS do governo na eleição parlamentar de 2023, mas a vitória de Nawrocki nega um caminho aberto para desfazer completamente a transformação do Estado polonês supervisionado pelo PiS durante um período de oito anos no governo.
Na rede social X, o atual presidente, Andrzej Duda, também conservador, agradeceu aos poloneses por votarem em grande número. A participação eleitoral foi de 71,31%, informou a comissão eleitoral, um recorde para o segundo turno de uma eleição presidencial.
“Obrigado! Por participar das eleições presidenciais. Pelo comparecimento. Por cumprir seu dever cívico. Por assumir a responsabilidade pela Polônia. Parabéns ao vencedor! Força, Polônia!”, escreveu Duda.
(Com informações da Reuters)
Fonte: CNN Brasil