O livro de ficção científica “Nada mais será como antes” do Miguel Nicolelis será adaptação para o cinema, com a previsão de lançamento em 2027. O projeto é uma parceria entre o neurocientista e a cineasta Iara Cardoso, a CNN teve acesso a informação da produção em primeira mão.
O longa-metragem se destaca por ser o primeiro filme brasileiro de ‘hard science fiction’, subgênero que combina narrativa ficcional com embasamento científico, e promete impulsionar o audiovisual nacional.
O roteiro é assinado por Iara, que também assume a direção, marcando sua estreia no gênero ficcional, enquanto Nicolelis prestará consultoria científica.
A trama se inspira no conceito central da obra literária: onde redes de cérebros humanos interconectados são capazes de operar de forma sincronizada. Essa ideia, proposta por Nicolelis, aponta para novas formas de colaboração e tomada de decisão coletiva, suscitando reflexões éticas e sociais sobre os rumos da humanidade.
Na história, um matemático e sua sobrinha neurocientista precisam enfrentar uma ameaça cataclísmica iminente, potencializada pela crise ambiental global e por uma conspiração internacional que busca controlar mentes e destinos.
O filme, que mesclará ficção e realidade, apresentará um futuro possível e esperançoso, com um elenco que deverá reunir grandes nomes do cinema nacional.
Miguel Nicolelis é considerado um dos 20 cientistas mais influentes do mundo pela “Scientific American”, além de ser colunista da CNN. ““Desde criança eu sou um ávido leitor da ficção científica de Júlio Verne, Isaac Asimov, Arthur Clarke e Kurt Vonnegut. Também sempre adorei cinema”, diz Nicolelis
A dupla reedita uma parceria anterior, estabelecida na série documental “A Era dos Humanos”, escrita e dirigida por Cardoso, que contou com Nicolelis entre os entrevistados e acumulou mais de 23 prêmios internacionais.
“A parceria com Nicolelis nasce do encontro entre ciência, imaginação e urgência. Queremos criar uma obra que provoque, emocione e inspire. Será uma ficção ancorada em questões
reais e profundas do nosso tempo”, aponta a diretora.
Fonte: CNN Brasil