Cientistas sonham em criar uma IA com poder comparável ou superior ao cérebro humano, mas isso ainda pode levar muitos anos


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Estamos em plena era da inteligência artificial. Diversas empresas têm investido de forma pesada no desenvolvimento e aperfeiçoamento destas ferramentas, que cada vez mais são utilizadas no nosso dia a dia.
Mas engana-se quem pensa que os avanços do setor devem parar por aí. O próximo desafio já é conhecido e tem até nome: a Inteligência Artificial Geral, ou AGI. Uma discussão que, no entanto, divide a opinião de especialistas.
IA Geral: a próxima fronteira da tecnologia
- A Inteligência Artificial Geral é um conceito que permeia as discussões sobre o futuro da IA.
- Embora ainda esteja no campo teórico, a AGI representa a possibilidade de criar uma tecnologia com capacidades cognitivas semelhantes ou até superiores às humanas.
- Em outras palavras, as novas ferramentas seriam capazes de agir como uma pessoa, aprendendo, respondendo e raciocinando sobre uma ampla gama de temas.
- Um futuro considerado preocupante por muitos.
- O principal temor é que uma IA com poder comparável ou superior ao nosso cérebro poderia representar uma ameaça à existência humana se não for adequadamente controlada.
- Mas será que estamos perto de chegar neste cenário?

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Ainda não estamos prontos para dar este salto
As previsões sobre o desenvolvimento da AGI são diversas. Sam Altman, executivo-chefe da OpenAI, dona do ChatGPT, disse recentemente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que a novidade chegaria ainda durante o seu governo. Já o bilionário Elon Musk acredita que isso possa acontecer ainda em 2025.
No entanto, nem todos são tão otimistas. Em uma pesquisa recente da Associação para o Avanço da Inteligência Artificial, mais de três quartos dos entrevistados disseram que os métodos existentes hoje não são suficientes para o desenvolvimento da AGI.

Para muitos cientistas, na verdade, as alegações da chegada iminente da Inteligência Artificial Geral são baseadas em extrapolações estatísticas e ilusões. Eles alegam que não há evidências concretas de que as tecnologias de hoje sejam capazes de realizar até mesmo algumas das coisas mais simples que o cérebro pode fazer, como reconhecer a ironia ou sentir empatia.
Em resumo, este grupo mais cético defende que levar as máquinas à inteligência de nível humano exigirá pelo menos mais uma grande inovação tecnológica. O problema é que ninguém sabe ao certo qual seria ela. E, é claro, não é possível prever quando isso aconteceria. As informações são do The New York Times.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é colaborador no Olhar Digital

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.
Fonte: Olhar Digital