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quarta-feira, 11 junho, 2025
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IA pode ser a chave para enfrentar desaceleração no mercado de luxo

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LVMH, gigante dos bens de luxo, aposta na IA para preservar eficiência e exclusividade em meio a incertezas do setor

Dior
Imagem: MrWinn/Shutterstock

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Diante de uma desaceleração global no consumo de bens de luxo, especialmente nos mercados dos Estados Unidos e da China, a LVMH — gigante francesa que controla marcas como Louis Vuitton, Dior, Fendi e Tiffany — está apostando fortemente na inteligência artificial para manter sua eficiência operacional e relevância no setor.

O Wall Street Journal relata que, nos últimos quatro anos, o grupo colaborou com o Google Cloud para criar uma plataforma central de dados que unifica informações de suas 75 marcas (as chamadas maisons).

Com essa base consolidada, a LVMH agora aplica IA preditiva, IA generativa e agentes inteligentes em diversas áreas do negócio: planejamento da cadeia de suprimentos, ajuste de preços, design de produtos, marketing, personalização da experiência do cliente e e-commerce.

Celular com logotipo da Louis Vuitton na tela e, ao fundo, imagem de Bernard Arnault
LVMH recorre à IA para enfrentar tempos difíceis (Imagem: Litepix/Shutterstock)

IA permite maior eficácia para as marcas

  • Em tempos de menor lealdade do consumidor e queda nas receitas de segmentos-chave, como o de moda e artigos de couro, a LVMH vê na IA uma ferramenta estratégica.
  • Segundo Franck Le Moal, diretor de tecnologia do grupo, o objetivo é usar a tecnologia nos bastidores para tornar os consultores de vendas mais eficazes — sem comprometer a experiência exclusiva que o luxo exige.
  • Um exemplo prático está na Tiffany, onde consultores usam agentes de IA para acessar rapidamente o histórico de interações com clientes e criar mensagens personalizadas.
  • No e-commerce, a LVMH adotou o recurso Search for Commerce do Google para melhorar a compreensão das intenções de busca dos consumidores, aumentando a taxa de conversão.

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Agentes de IA otimizam o atendimento ao cliente na Tiffany – Imagem: Robert Way/Shutterstock

Internamente, a empresa utiliza IA para ajustes dinâmicos de preços, com base em fatores como flutuações cambiais, e para antecipar desafios logísticos em cadeias de suprimento complexas.

O aspecto criativo também tem sido beneficiado: equipes de design usam IA generativa para produzir mood boards e campanhas mais personalizadas, enquanto departamentos de marketing geram textos otimizados para seus sites.

Além disso, a LVMH desenvolveu uma assistente corporativa baseada em IA generativa chamada MaIA, que integra modelos como Gemini (Google), Imagen e GPT (OpenAI), respondendo a mais de 2 milhões de requisições mensais de cerca de 40 mil funcionários.

Embora a tecnologia não resolva sozinha os desafios de um mercado em transição, a LVMH acredita que a IA é essencial para atravessar este momento de incerteza e preparar-se para o futuro — unindo eficiência e personalização sem comprometer os valores do luxo.

inteligencia artificial
Agentes de IA, personalização, análise preditiva e automação tornam-se armas estratégicas no mercado dos bens de luxo – Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.






Fonte: Olhar Digital

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