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sexta-feira, 6 junho, 2025
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Guerra comercial derruba número de usuários da Temu nos EUA

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Varejista mudou estratégia depois que Casa Branca encerrou possibilidade de envio de pacotes de baixo valor sem cobrança de tarifas

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Imagem Shutterstock

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A guerra tarifária dos Estados Unidos com o resto do mundo impactou fortemente as movimentações da varejista chinesa Temu em maio. O número de usuários estadunidenses diários na plataforma caiu 58%, segundo a empresa de inteligência de mercado Sensor Tower. A informação foi divulgada pela Reuters.

A empresa teve de mudar a estratégia de atendimento depois que a Casa Branca encerrou a possibilidade de envio de pacotes de baixo valor sem a cobrança de tarifas. Foi essa prática que garantiu os preços baixos da plataforma por anos no país.

“Embora o ambiente tarifário seja incerto, se o status quo permanecer por um longo período, acreditamos que a ameaça competitiva da Temu continuará a enfraquecer“, disse Simeon Gutman, analista de ações do Morgan Stanley, à Reuters.

Bandeiras de Estados Unidos e China
Mudança da Casa Branca para envio de pacotes de baixo valor afetou compras na Temu (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Promessas…

  • A Temu é controlada pela empresa chinesa de comércio eletrônico PDD Holdings, responsável também pela plataforma doméstica Pinduoduo;
  • As ações do grupo listadas nos EUA caíram 7% após a divulgação dos resultados de vendas no primeiro trimestre do ano;
  • O lucro líquido da PDD caiu 47%, para 14,74 bilhões de yuans (R$ 11,57 bilhões, na conversão direta) no trimestre, ante 28 bilhões de yuans (R$ 21,98 bilhões) no ano anterior, como informou a Reuters na semana passada;
  • Em teleconferência, os executivos disseram que as tarifas criaram pressão significativa para seus comerciantes, mas prometeram manter os preços estáveis e buscar novos modelos de atendimento.
Comerciantes da Temu estão sendo pressionados por novos encargos (Imagem: Robert Way/iStock)

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Pressão global na Temu

Até então, os comerciantes da Temu eram responsáveis por encomendar e fornecer seus produtos, enquanto a empresa sediada na China gerenciava a maior parte da logística, preços e marketing.

Agora, os vendedores terão de arcar com “tarifas, encargos alfandegários e burocracia” para enviar pedidos individuais da China para armazéns estadunidenses parceiros da Temu, segundo analistas do HSBC.

Plataforma ainda cresce em mercados fora dos EUA, segundo analistas (Imagem: ArLawKa AungTun/iStock)

Em mercados fora dos EUA, a Temu registrou aumento de usuários ativos, que representam 90% dos seus 405 milhões de clientes mensais globais no segundo trimestre. O aumento cresceu mais rapidamente em mercados menos ricos, segundo os analistas.


Bruna Barone

Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.




Fonte: Olhar Digital

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