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Grupo usava páginas no Instagram para difamar e extorquir vítimas no AM

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Operação foi deflagrada nesta sexta-feira, 21 (Reprodução/Polícia Civil do Amazonas)

21 de março de 2025

Ana Pastana – Da Cenarium

MANAUS (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deflagrou na manhã desta sexta-feira, 21, a “Operação Mordaça“, que prendeu quatro pessoas por integrarem um grupo criminoso no município de Borba, distante a 151 quilômetros de Manaus. Elas são suspeitas de divulgarem informações difamatórias sobre pessoas do município por meio do Instagram e cobrarem uma quantia em dinheiro das vítimas.

Os perfis identificados foram o “Foca Borba News” e “Foca Borbense” eram usados, segundo a polícia, pelo grupo criminoso para extorquir dinheiro das vítimas. Ambos ainda estão disponíveis na plataforma, mas sem nenhuma publicação. Um tem mais de três mil seguidores, e o outro conta com de 1,2 mil.

Perfil do Foca Borba News (Reprodução/Instagram)
Perfil do Foca Borbense (Reprodução/Instagram)

De acordo com o diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Paulo Mavignier, os envolvidos estão relacionados em crimes de difamação, associação criminosa e extorsão. Além disso, a autoridade policial informou que outros municípios do Estado do Amazonas podem receber a operação.

Operação prendeu pessoas envolvidas em crimes de internet como difamação, associação criminosa e extorsão. Envolviam notícias que abalavam a vida pessoal, abalava a vida familiar dessas vítimas e isso cominava em extorsões de dinheiro. Uma operação muito bem sucedida que, inclusive, está sendo demanda para ser adotada em outros municípios do interior do Amazonas que estão passando pelo mesmo problema […]“, declarou.

Delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (Erlon Rodrigues/PC-AM)

O delegado Jorge Arcanjo, do 74º Distrito Integrado de Polícia (DIP) do município de Borba explicou, em coletiva de imprensa, como o grupo criminoso agia. “No Instagram, eles abriam uma caixinha de perguntas de forma aleatória, as pessoas iam mandando afirmações a respeito de moradores do município de Borba. Eles, sem nenhum critério, sem nenhum filtro, divulgavam essas informações, inclusive, com imagens. Desde relacionamentos extras conjugais ou que estariam infectadas pelo vírus HIV“, disse.

De acordo com o delegado, as investigações tiveram início a partir de Boletins de Ocorrências (BOs) registrados pelas vítimas. “As investigações iniciaram a partir do momento em que pessoas foram registrando Boletim de Ocorrência na delegacia e passamos a seguir esses perfis, passamos a fazer uma investigação cibernética até cominar nas prisões“, afirmou.

As investigações apontaram que o grupo não tinha um perfil de vítima e que as extorsões variavam em valores de R$ 50 a R$ 200 reais, e até favores sexuais. “[As vítimas] eram desde anônimos, de pessoas simples do município […] até autoridades religiosas. Eles atacaram uma igreja como instituição e um padre também. Um dos perfis chegou a extorquir uma vítima exigindo favores sexuais, exigindo que ela tivesse relações sexuais com qualquer munícipe que essa página indicasse. Eles cobravam entre R$ 50 a R$ 200 reais“, explicou o delegado Arcanjo.

O delegado Jorge Arcanjo, do 74º Distrito Integrado de Polícia (DIP) de Borba (Jander Robson/Portal do Holanda)

Além dos crimes de difamação e extorsão, o grupo também utilizava os perfis para recrutar pessoas para jogos de azar on-line, incluindo o conhecido “Jogo do Tigrinho”.



Fonte: Agência Cenarium

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