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quinta-feira, 15 maio, 2025
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Governo cogita embarcar na CPI do INSS, mas pressiona por comando ou relatoria – CartaCapital

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O governo Lula (PT) condicionou o apoio à instalação da CPI do INSS na Câmara à ocupação da presidência ou da relatoria do colegiado que investigará fraudes de até 6,3 bilhões de reais na autarquia. A exigência teria sido repassada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que retorna ao Brasil após compromissos em Nova Iorque.

Com a anuência do governo petista, Motta poderia “furar a fila” dos requerimentos de comissões parlamentares de inquérito e antecipar a instalação da CPI do INSS. Para viabilizar essa manobra, os autores de pedidos anteriores de investigações precisariam retirar suas solicitações.

Em abril, Motta ouviu de líderes uma sugestão de mudança no regimento: “tratorar” requerimentos de CPIs que já perderam o objeto ou a relevância no cenário nacional e pautar os mais “quentes”. Citaram especificamente a investigação sobre denúncias de exploração sexual infantil na Ilha do Marajó, no Pará, protocolada em março de 2024 e jamais instalada.

Para o governo, a CPI só faz sentido se o escopo da investigação incluir o governo de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com apurações da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, os contratos fraudulentos no INSS teriam começado em 2019, durante a gestão do ex-presidente.

Na manhã desta quinta-feira 15, senadores do PT divergiram publicamente sobre a criação da comissão. O líder do partido no Senado, Rogério Carvalho (SE), afirmou que a legenda apoiará a CPI, desde que ela não se transforme em um “palanque”.

“O PT vai assinar, sim, essa CPI, e nós vamos investigar olhando na linha do tempo todos os fatos e todas as pessoas, como fizemos na CPI da Covid, como fizemos na CPI do 8 de Janeiro”, declarou.

Já o senador Jaques Wagner (BA) se posicionou de forma contrária. Para ele, o “palanque político” já está armado e a investigação deve continuar sob responsabilidade da Polícia Federal, como já ocorre.

O nome da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) foi cogitado para a relatoria da CPI, segundo informações do portal g1, confirmadas por CartaCapital. No entanto, auxiliares da congressista avaliam que ela estará sobrecarregada com a presidência da comissão especial do Plano Nacional de Educação 2024–2034 (PL 2614/24), sua principal prioridade legislativa até o segundo semestre.



Por:Carta Capital

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