A Frente Parlamentar Mista da Saúde Mental incluiu a criação de uma política nacional para a população indígena em sua agenda legislativa 2025/2026. A iniciativa, que será lançada nesta quinta-feira 22, busca suprir a falta de diretrizes no Sistema Único de Saúde, já que a lei atual não contempla a saúde mental de forma específica.
Dados do Datasus mostram que a taxa de suicídio entre indígenas é até quatro vezes maior que a média nacional. Em regiões como Amazonas e Mato Grosso do Sul, os índices entre adolescentes e jovens Guarani-Kaiowá ultrapassam 100 por 100 mil habitantes.
Um estudo da Fiocruz em territórios Yanomami, Guarani e Ticuna identificou que o sofrimento psíquico está ligado à desestruturação social e comunitária, agravada pela ausência de políticas voltadas à saúde mental.
Para o deputado Pedro Campos (PSB-PE), presidente da Frente Parlamentar Mista para a Promoção da Saúde Mental, o aumento dos índices de sofrimento psíquico entre os povos indígenas são consequência das condições atuais.
Segundo ele, a falta de diretrizes específicas no SUS, somada à fragilidade das estruturas de atenção nas aldeias, agrava a vulnerabilidade dessas populações. “Estamos falando de uma realidade que exige resposta urgente. Saúde mental tem que ser tratada como política de Estado”, disse.
Por:Carta Capital