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quinta-feira, 17 abril, 2025
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Flávio critica deputado do PL que disse desejar a morte de Lula, mas não quer punição

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou como “absurda” a declaração do deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) de que deseja a morte do presidente Lula (PT). Para o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), porém, não cabe punição ao correligionário.

“Não é uma postura que se espera de um parlamentar que está ali pra discutir as coisas sérias do Brasil”, afirmou Flávio na sessão desta quarta-feira 9 do Senado. “Não acho que caiba uma medida contra uma fala do parlamentar. Esse julgamento a população vai fazer — e se quem se sentiu ofendido entender que foi vítima de algum crime, tem os procedimentos judiciais.”

O ataque de Gilvan ocorreu em uma sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara na terça-feira 8. Na audiência, o colegiado aprovou um projeto para desarmar a segurança pessoal de Lula e de todos os seus ministros. A proposta ainda terá de passar por duas comissões antes de chegar ao Senado — só terá de ser submetida ao plenário se deputados apresentarem um requerimento para isso.

“Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que vou matar cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Nem o diabo quer o Lula, por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que tenha uma taquicardia, porque nem o diabo quer a desgraça desse presidente que está afundando o País”, disse o bolsonarista.

Em reação, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), e o deputado Kiko Celeguim (PT-SP) acionaram a Procuradoria-Geral da República contra Gilvan. Segundo a representação à PGR, a imunidade parlamentar não contempla discursos que incitem a violência e atentem contra a vida de uma pessoa, especialmente o chefe de Estado.

Eles apontam indícios de que Gilvan cometeu os crimes de ameaça, incitação ao crime, abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O PT entende que a declaração “extrapola qualquer crítica política legítima” ao configurar uma apologia ao homicídio do presidente, “num contexto de proposta de desarmamento da segurança da Presidência da República, atentando contra a vida, a segurança nacional, o Estado Democrático de Direito e a própria ordem constitucional”.



Por:Carta Capital

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