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quinta-feira, 1 maio, 2025
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Estação espacial precisa desviar de pedaço de foguete chinês

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Para evitar colidir com um pedaço de lixo voando em órbita, a Estação Espacial Internacional precisou ser “empurrada” por nave russa

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Representação artística elaborada com Inteligência Artificial mostra um pedaço de foguete em rota de colisão com a Estação Espacial Internacional. Crédito: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital

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Um procedimento de emergência foi realizado na Estação Espacial Internacional (ISS) na noite de quarta-feira (30) para evitar uma possível colisão com um pedaço de lixo espacial. O detrito em questão era parte de um foguete chinês Long March lançado em 2005, que viaja descontrolado em órbita da Terra.

Com a aproximação do fragmento, a NASA e a agência espacial russa, Roscosmos, decidiram realizar uma manobra preventiva. A operação foi feita para aumentar a distância entre a ISS e o objeto ameaçador, garantindo mais segurança aos astronautas e à estrutura.

Em poucas palavras:

  • A ISS fez uma manobra para evitar colidir com um pedaço de foguete chinês em órbita desde 2005;
  • A cápsula Progress 91, da Rússia, foi usada para empurrar a estação;
  • O desvio afastou o fragmento a 640 metros da ISS, evitando danos graves;
  • A agenda da estação seguiu normalmente após a operação.

Esse desvio foi feito pela cápsula de carga russa Progress 91, que está acoplada ao módulo Zvezda da ISS. Às 19h10 (pelo horário de Brasília), os motores da espaçonave foram ativados e permaneceram em funcionamento por três minutos e 33 segundos, tempo suficiente para alterar ligeiramente a rota da estação.

Nave de carga Progress do mesmo modelo da que está atualmente acoplada na Estação Espacial Internacional e que ajudou a desviar a estrutura da mira de um pedaço de foguete perdido em órbita. Crédito: NASA

Acidente entre detrito e estação espacial poderia ter sido grave

Sem esse impulso, o pedaço de foguete chinês poderia ter passado a apenas 640 metros do laboratório orbital – distância considerada crítica no espaço, onde colisões com objetos pequenos podem causar danos gravíssimos. De acordo com um comunicado da NASA, a manobra foi planejada com antecedência para evitar riscos maiores.

A Progress 91 foi lançada no fim de fevereiro a partir do Cazaquistão, levando suprimentos à estação. Ela é preparada para fazer manobras orbitais, como essa, sempre que necessário.

Configuração da Estação Espacial Internacional em 30 de abril de 2025. Cinco naves espaciais estão acopladas: duas Dragon, da SpaceX, a cápsula tripulada russa Soyuz MS-27 e os cargueiros Progress 90 e 91, também da Rússia. Crédito: NASA

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Desvios desse tipo estão se tornando mais comuns. Desde 1999, a estação já realizou 41 manobras para evitar colisões com detritos espaciais. Em 2024, só em novembro, duas dessas ações foram necessárias.

Mesmo com o procedimento de emergência, a agenda da estação seguiu normalmente. Nesta quinta-feira (1), duas astronautas da NASA, Anne McClain e Nichole Ayers fizeram uma caminhada espacial de seis horas e meia, conforme estava planejado.


Flavia Correia

Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.




Fonte: Olhar Digital

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