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segunda-feira, 23 dezembro, 2024
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Empresário Roger Pimentel se entrega à PF após ordem de prisão

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O empresário Roger Pimentel estava foragido da Justiça desde a última quarta-feira (6) mas se entregou à Polícia Federal (PF) neste sábado (9). Ele foi preso em Brasília após a decretação de prisão preventiva devido à suspeita de envolvimento em superfaturamento na execução de um contrato para serviços de recarga de oxigênio ao Distrito Sanitário Especial Indígena – Yanomami (DSEI-Y).

Encontro com secretária de Saúde gera controvérsia

Roger Pimentel já está detido em Boa Vista, escoltado pela PF. Antes de se entregar, ele teve um encontro com a secretária de Saúde, Cecília Lorenzon, e seu marido, Wilson Fernando Basso, junto com uma advogada. A secretária do governador Antônio Denarium estaria apoiando o empresário, que é investigado pela Polícia Federal, juntamente com o marido dela, por suspeita de desvio de dinheiro público.

Roger está preso na Penitenciária Agrícola de Boa Vista, na ala de adaptação ao presídio, onde os presos passam por um período inicial de dez dias. Em Brasília, ele se apresentou sem o celular, alegando tê-lo perdido, mas a PF possui conversas que sustentam atividades ilegais que ocorrem desde o ano passado.

Pedido de prisão domiciliar negado

Com contas bloqueadas e receios de permanecer na Penitenciária Agrícola, Roger solicitou permissão para ficar preso no Comando de Policiamento da Capital (CPC), mas o pedido foi negado pelo juiz.

Investigações apontam prejuízo milionário em contrato de recarga de oxigênio

A operação da Polícia Federal, realizada na quarta-feira, tinha o objetivo de cumprir 10 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, todos em Boa Vista.

Conforme a Controladoria Geral da União (CGU), a ação visava combater irregularidades na aquisição de serviços de recarga de oxigênio pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Yanomami).

Empresa de Roger já foi alvo de outra operação policial

O empresário Roger Pimentel era o alvo do mandado de prisão, mas a PF não conseguiu localizá-lo na data da operação, levando-o a ficar foragido.

As investigações começaram após uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF) que apontou possíveis fraudes em um pregão eletrônico realizado em 2022 para a contratação de recarga de oxigênio.

Consequentemente, a CGU conduziu uma análise da licitação e encontrou diversas irregularidades, incluindo a desqualificação indevida de licitantes, ausência de separação de funções e superfaturamento devido à entrega em quantidade menor do produto.

Como resultado das investigações, auditores apuraram um prejuízo de R$ 964.544,77, correspondendo a 89,89% do valor pago.

A empresa de Roger também foi alvo de outra ação da Polícia Federal em uma operação chamada “Yoasi”, que investigou o desvio de medicamentos no Dsei Yanomami. O Ministério Público Federal identificou irregularidades, incluindo o recebimento de medicamentos em quantidades inferiores ao adquirido pelo órgão. O MS apontou um desvio de cerca de 90% nos medicamentos no Dsei-Yanomami.

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