A procura por esse modelo de negócio teve 97% de aumento no Brasil
A procura por espaços compartilhados no mundo cresceu 93%, no primeiro trimestre de 2022 e no Brasil o crescimento foi ainda maior: 97%, segundo pesquisa da Internacional Workplace Group (IWG). Esse é um dos indicadores que podem explicar o aumento de 63% número de coworkings no país, que saltou de 1.497 em 2019 para 2.443 em 2023, segundo o Censo Coworking Woba 2023.
Aqui no Amazonas, já são 34 espaços compartilhados. O primeiro surgiu há 13 anos e no primeiro trimestre de 2023, cresceu 16%, atendendo dois perfis de clientes: “O cliente que é fixo, que paga a sala mensal e os clientes eventuais, ou seja, que alugam salas por hora. A rotatividade é de 8 a 10 clientes eventuais por dia e por sala. A procura aumentou bastante”, explica Carolina Cunha, a sócia e gestora da Prooffice Escritórios Inteligentes.
A especialista em desenvolvimento de negócios, Clarissa Oliveira, explica que esse modelo estimula, principalmente o empreendedor, a abrir o seu próprio negócio com baixo custo e alta possibilidade de performance “ Porque oferece ao empreendedor uma estrutura completa de trabalho e atendimento, proporcionando um ambiente colaborativo pensado e montado para estimular a produtividade, sendo ainda uma excelente oportunidade de networking pois é frequentado por diversos profissionais de diversas áreas”.
A especialista aponta pelo menos cinco motivos para empreender em escritórios compartilhados
1. Economia – valor único por hora ou aluguel mensal, estrutura completa, endereço comercial, equipe de suporte, incluindo despesas de segurança, água, luz e internet. O custo que o empreendedor teria para montar e manter uma estrutura mínima não se compara ao valor pago num coworking. Essa economia significa recurso para reinvestimento no negócio.
2. Contratação por demanda – Muitos coworkings oferecem a possibilidade de contratar a estrutura por hora de uso, ideal para empreendedores que ficam home office e precisam do espaço para reuniões e atendimentos pontuais.
3. Endereço fiscal – há a possibilidade de contratar somente o endereço fiscal/comercial. Ideal para quem está começando e precisa de um endereço pronto para formalização da empresa.
4. Networking – A comunidade de empreendedores formada nesses locais permite que o empreendedor se conecte a uma rede de outros profissionais que podem vir a se tornar parceiros e até fornecedores. Um cliente em potencial pode estar sentado ao seu lado.
5. Valor agregado para o negócio – estrutura profissional, num endereço comercial bem localizado e um atendimento profissional para seus clientes e fornecedores. Isso permite dar um upgrade nos valores praticados pelo empreendedor. É a consolidação e profissionalização da empresa e a primeira impressão que o empreendedor causa no cliente.
Para empreender num coworking, o profissional precisa observar as exigências do conselho da sua área de atuação. Profissionais dos ramos da indústria ou do comércio não podem empreender num coworking “Mas podem fazer reuniões, fechar negócios alugando uma hora num escritório compartilhado, por exemplo”, explica Carolina.