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quinta-feira, 13 março, 2025
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Delação de Mauro Cid expõe pressão e planos golpistas

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STF libera vídeos da delação de Mauro Cid

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou nesta quinta-feira (20) os vídeos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A Polícia Federal (PF) colheu os depoimentos em 2023. Embora as transcrições já estivessem públicas, as gravações só foram liberadas agora.

Na delação, Cid revelou que Bolsonaro pressionou militares, tentou deslegitimar as eleições e buscou se manter no poder ilegalmente.

PGR denuncia Bolsonaro ao STF

Antes da divulgação das gravações, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra Bolsonaro pelos seguintes crimes:

  • Liderança de organização criminosa armada
  • Tentativa de golpe de Estado
  • Dano qualificado contra patrimônio da União
  • Deterioração de patrimônio tombado

Caso o STF aceite a denúncia, Bolsonaro se tornará réu e responderá criminalmente.

Moraes confronta Cid sobre contradições

Durante um dos vídeos, Moraes repreendeu Mauro Cid, alertando sobre contradições e omissões no depoimento. A Polícia Federal apontou que o ex-ajudante de ordens escondeu informações e mudou versões, o que pode anular os benefícios da delação.

O ministro lembrou que a PGR já havia solicitado a prisão preventiva de Cid por essas inconsistências. Além disso, destacou que as investigações revelaram o Plano Punhal Verde Amarelo, que previa o assassinato do presidente Lula, do vice Alckmin e do próprio Moraes.

Bolsonaro pressionou ministro da Defesa

Segundo Cid, Bolsonaro exigiu que Paulo Sérgio Nogueira, então ministro da Defesa, incluísse fraudes no relatório das eleições.

Diante da pressão, a equipe do ministério redigiu um trecho que afirmava que o sistema de votação não era auditável. Entretanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já desmentiu essa alegação.

“O presidente queria que ele [o ministro da Defesa] escrevesse que tivesse fraude”, afirmou Cid.

Bolsonaro incentivou um golpe, diz Cid

Mauro Cid revelou que Bolsonaro manteve conversas com aliados para alimentar a ideia de um golpe. O ex-ajudante de ordens afirmou que o ex-presidente acreditava que surgiria uma prova de fraude eleitoral, o que justificaria uma reação das Forças Armadas e de seus apoiadores.

“Ele tinha a esperança que, até o último momento, aparecesse uma prova de que houve fraude nas urnas”, declarou Cid.

Esses depoimentos reforçam as investigações sobre a atuação de Bolsonaro na tentativa de invalidar as eleições de 2022 e seu envolvimento em um projeto golpista.

Leia íntegra

Delação volume 1

Delação volume 2

Delação volume 3

Delação volume 4

 

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