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sexta-feira, 16 maio, 2025
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De volta ao jogo? Ciro se reaproxima da política e admite candidatura ‘em situação extrema’ – CartaCapital

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“Desta vez chega”, bradou, no final de 2022, um Ciro Gomes visivelmente frustrado com as recentes derrotas eleitorais ao falar da possibilidade de voltar às urnas em 2026. Naquele ano, o pedetista amargou seu pior resultado numa eleição presidencial, obtendo apenas 3% dos votos válidos. A promessa de “botar a viola no saco“, contudo, pode ter ficado para trás.

Irritada com a degola de Carlos Lupi, uma ala do PDT tem se animado com movimentos recentes de Ciro e em vê-lo novamente nas urnas em 2026 – resta saber se na briga pela sucessão de Lula (PT) ou na disputa pelo governo do Ceará, de onde saiu em 1994.

Segundo apurou CartaCapital, aliados que estiveram com o ex-ministro recentemente relatam que ele tem sinalizado intenção de retomar protagonismo político. “Se ele tiver viabilidade, pode ser um nome”, avalia um interlocutor, com a ressalva de que Ciro saiu magoado da última eleição e só toparia voltar com apoio firme do próprio partido.

Há poucas semanas, o ex-governador participou de um café da manhã com deputados que fazem oposição à gestão do petista Elmano de Freitas. A reportagem apurou que, no encontro, ele defendeu o nome de Roberto Cláudio, correligionário seu, para a sucessão estadual, mas admitiu que poderia entrar na disputa em uma “situação extrema” — sem especificar o que isso significaria.

Ainda de acordo com relatos, mencionou ter recebido um convite de Tasso Jereissati para se filiar à nova legenda fruto da fusão entre PSDB e Podemos. Também fez um aceno ao deputado estadual Alcides Fernandes (PL), recém-lançado por Jair Bolsonaro como pré-candidato ao Senado no estado.

A aproximação de Ciro com setores do bolsonarismo não é exatamente nova. Desde o ano passado, tem atuado em sintonia com lideranças da direita cearense — corrente que, em tempos recentes, atacava com veemência. Nas eleições municipais, por exemplo, apoiou o bolsonarista André Fernandes (PL) à prefeitura de Fortaleza, contra o petista Evandro Leitão.

O distanciamento entre Ciro e o PT remonta à campanha presidencial de 2018, quando o pedetista culpou os petistas pela vitória de Jair Bolsonaro. As declarações não resultaram em um rompimento imediato com o partido no Ceará — aliança que vinha desde os anos 1990. Mas a relação se deteriorou de vez em 2022, provocando inclusive o afastamento entre Ciro e seu irmão, o senador Cid Gomes.

Procurado por CartaCapital, diretamente e por meio da assessoria, Ciro Gomes não respondeu.



Por:Carta Capital

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