Os desertos são conhecidos por sua paisagem árida, com altas temperaturas durante o dia e noites geladas. Apesar das condições extremas, essas regiões abrigam uma variedade surpreendente de animais adaptados para sobreviver em um ambiente onde água e alimento são escassos.
Vamos destacar 8 desses animais curiosos, seus hábitos e como eles sobrevivem nessas condições específicas do deserto.
8 animais mais curiosos do deserto
Camelos: montaria do deserto

Os camelos são talvez os animais mais emblemáticos dos desertos. Existem duas espécies principais: o camelo-bactriano, com duas bossas, encontrado nas estepes e desertos da Ásia Central, e o dromedário, com uma única bossa, típico dos desertos do Oriente Médio e Norte da África.
Essas bossas armazenam gordura, que pode ser metabolizada como fonte de energia e água em períodos de escassez.
Além de sua impressionante capacidade de carregar cargas pesadas (até 90 kg) e percorrer até 30 km sem precisar de água, os camelos fornecem carne, leite e lã para as comunidades locais.
Feneco: a pequena raposa do Saara

Com orelhas enormes e pelagem clara, o feneco (Vulpes zerda) é uma das criaturas mais adoráveis do deserto. Nativo do Saara e da Península do Sinai, esse pequeno canídeo é conhecido como a menor raposa do mundo.
Suas orelhas não servem apenas para detectar presas escondidas sob a areia, mas também ajudam a dissipar o calor corporal, uma adaptação essencial para sobreviver nas temperaturas escaldantes do deserto.
O feneco é onívoro, alimentando-se de insetos, pequenos roedores, frutas e até raízes. Além disso, escava tocas complexas onde se refugia durante o dia para escapar do calor. Sua pelagem densa, de coloração bege clara, reflete a luz solar e protege contra o frio noturno.
Bilby-grande: o escavador australiano

O bilby-grande (Macrotis lagotis) é um marsupial nativo dos desertos australianos, como Tanami e Gibson. De hábitos noturnos, o bilby é um escavador habilidoso, criando tocas profundas onde se protege do calor e predadores.
Esse animal de aparência peculiar, com orelhas grandes e focinho alongado, desempenha um papel fundamental no ecossistema, ajudando a aeração do solo e a dispersão de sementes.
Apesar de sua importância ecológica, o bilby-grande está classificado como vulnerável devido à perda de habitat e à predação por espécies introduzidas, como raposas e gatos.
Cacatua-rosa: beleza e inteligência

A cacatua-rosa (Lophochroa leadbeateri), também chamada de cacatua do Major Mitchell, é uma ave de médio porte que habita as regiões áridas e semiáridas do interior da Austrália.
Com sua plumagem cor-de-rosa vibrante e uma crista exuberante, é uma das cacatuas mais belas do mundo. Alimenta-se de sementes, frutas e vegetação, usando seu bico forte para quebrar sementes duras e se pendurar em galhos.
Essas aves são conhecidas por sua inteligência e habilidades sociais, formando casais monogâmicos e exibindo comportamentos complexos de comunicação.
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Jerboa: o canguru do deserto

O jerboa é um pequeno roedor encontrado nos desertos da Mongólia e China, como o deserto de Gobi. Com suas longas patas traseiras, orelhas grandes e corpo compacto, o jerboa se locomove com pulos ágeis, lembrando um minicanguru.
Seus pés são adaptados para se mover sobre a areia quente, e ele passa o dia escondido em tocas subterrâneas, saindo à noite para se alimentar de insetos e sementes.
Infelizmente, algumas espécies de jerboa estão ameaçadas de extinção devido à degradação de seus habitats.
Cascavel-chifruda: a serpente dos desertos americanos

A cascavel-chifruda é um dos répteis mais icônicos dos desertos do sudoeste dos Estados Unidos e norte do México. Seus “chifres”, pequenas protuberâncias acima dos olhos, ajudam na camuflagem entre as areias e a protegem de predadores.
Possui um forte veneno, que utiliza para capturar presas como pequenos mamíferos e também como defesa. Essa serpente também é conhecida pelo som ameaçador de seu chocalho, um mecanismo de advertência para afastar ameaças.
Diabo-espinhoso: o lagarto com armadura natural

O diabo-espinhoso é um lagarto australiano coberto de espinhos, o que lhe confere uma aparência intimidadora e uma excelente defesa contra predadores.
Além disso, sua pele é capaz de captar água da chuva ou orvalho, direcionando o líquido até a boca por meio de sulcos entre os espinhos.
Sua alimentação é composta principalmente de formigas, e sua camuflagem permite que se misture perfeitamente ao ambiente desértico.
Fonte: Olhar Digital