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domingo, 25 maio, 2025
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Como ação de Trump contra Apple pode mexer com o preço do iPhone no Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou taxar Apple, Samsung e outras empresas de tecnologia em 25% caso a produção dos aparelhos não seja feita em solo americano.

A medida, divulgada nesta sexta-feira (23), ajudou a derrubar mercados e aumentou o grau de incerteza no cenário internacional.

Os efeitos também podem chegar ao bolso dos brasileiros — para melhor ou pior.

Segundo Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, caso a Apple ceda à pressão de Trump e transfira as fábricas para os EUA, o custo de produção deve aumentar e, consequentemente, o preço de venda no mercado internacional tende a acompanhar esse encarecimento.

Neste cenário, com maior custo para importar, maior o preço ao consumidor que compra no Brasil.

À CNN Internacional, Dan Ives, chefe global de pesquisa de tecnologia da empresa de serviços financeiros Wedbush Securities, afirmou que fabricar um iPhone nos EUA deve fazer o preço no país aumentar em mais de três vezes — passando de atuais US$ 1 mil para cerca de US$ 3,5 mil.

O salto é reflexo do alto custo para replicar em solo americano o ecossistema complexo de produção que há décadas se estabeleceu na Ásia, com diferentes peças sendo produzidas em diferentes países.

Além da alta do custo de produção, Igreja cita o efeito cascata na medida diante dos encargos tributários no Brasil, desde o importador até chegar ao consumidor final.

“Se ocorre qualquer mudança na base de cálculo, ocorre não um efeito linear, mas exponencial, especialmente considerando que o Brasil já tem o iPhone mais caro do mundo”, diz.

Copo meio cheio

Porém, também há possibilidade de um cenário mais otimista aos brasileiros. Caso a Apple banque suas fábricas na Ásia e Trump cumpra a ameaça de taxar em 25%, a tendência natural seria a dona do iPhone buscar novos mercados, e com isso a tendência é de queda de preços.

Igreja compara esse quadro hipotético ao que já ocorre com montadoras de carros elétricos chinesas, que não têm acesso ao mercado norte-americano e buscam expandir suas operações para outras regiões.

“Poderia ter um incentivo maior para buscar alguma redução de preço eventual no Brasil, justamente para conquistar mercados emergentes”, explica o especialista.

O cenário, porém, segue incerto diante do histórico de Trump no recuo de ameaças, como as tarifas de 145% aos produtos importados da China.



Fonte: CNN Brasil

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