A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara aprovou, nesta terça-feira 27, uma moção de solidariedade ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A iniciativa partiu de Zucco (PL-RS), líder da oposição.
No documento, Zucco alega que o filho “03” de Jair Bolsonaro (PL) age “em defesa da soberania nacional, da liberdade de expressão, das prerrogativas parlamentares e da democracia brasileira”.
A “solidariedade” decorre do fato de o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ter ordenado a abertura de um inquérito contra Eduardo.
Enquanto vive nos Estados Unidos, o parlamentar licenciado pressiona o governo de Donald Trump a aplicar sanções contra autoridades brasileiras, principalmente Moraes. Na última quarta-feira 21, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, declarou se tratar de uma “grande possibilidade”.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, os eventos narrados indicam a possível prática dos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Para Zucco, porém, Eduardo exerce “seu dever como parlamentar de fiscalizar, denunciar abusos e representar os anseios de parcela significativa da população brasileira, especialmente diante de preocupações legítimas com a atuação de autoridades do sistema de Justiça e eventuais excessos que impactem a liberdade e a segurança jurídica no País”.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, avalia inicialmente que as ações de Eduardo Bolsonaro se intensificam à medida que avança o processo contra o pai pela trama golpista de 2022. O PGR destaca ainda a “real possibilidade de imposição de sanções” contra Moraes: “O sr. Eduardo Bolsonaro, ele próprio, as considera ‘pena de morte financeira’”.
Por:Carta Capital