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sábado, 31 maio, 2025
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Com aspecto natural, bioestimuladores de colágeno são queridinhos; entenda

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A busca por tratamentos estéticos que promovam resultados naturais e duradouros tem impulsionado a popularidade dos bioestimuladores de colágeno.

Celebridades como Camila Pitanga já revelaram ser adeptas da técnica. Em entrevista ao PodDelas, em abril deste ano, a atriz de 47 anos contou que nunca fez botox ou preenchimento, mas sim tratamentos com laser e injeções de bioestimuladores, que potencializam a produção natural de colágeno no organismo.

Mas como funcionam essas substâncias? Explicamos a seguir.

O que são e como são aplicados os bioestimuladores de colágeno

Diferente dos preenchedores faciais com efeito imediato, os bioestimuladores de colágeno atuam de forma progressiva, incentivando o próprio organismo a produzir a proteína, que é essencial para a firmeza, elasticidade e sustentação da pele.

Para isso, ocorre um processo inflamatório controlado. “Esse estímulo atrai células para a região, principalmente os fibroblastos, que são os responsáveis pela produção do colágeno”, explica Alessandra Romiti, assessora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Além dessa ação bem conhecida, pesquisas recentes apontam uma segunda via de atuação: a bioregeneração. Nessa abordagem, os bioestimuladores ativam células-tronco, que auxiliam na reestruturação tanto do colágeno quanto da gordura benéfica à sustentação da face e do corpo.

Substâncias e indicações

Atualmente, três tipos de bioestimuladores são aprovados para uso no Brasil:

  • ácido poli-L-lático (PLLA), conhecido comercialmente como Sculptra ou Eleva;
  • hidroxapatita de cálcio, como o Radiesse;
  • policaprolactona, cujo representante mais conhecido é o Ellansé.

Cada um possui composição, apresentação e modo de aplicação distintos, mas todos compartilham o objetivo de reativar a produção de colágeno.

A escolha da substância ideal e a dosagem adequada devem ser feitas por um médico especialista, considerando as características e necessidades individuais da pessoa. As aplicações podem ser realizadas no rosto, pescoço, colo, abdômen, glúteos, braços e outras áreas que apresentem flacidez.

No entanto, diferentemente de procedimentos com efeito imediato, como preenchedores com ácido hialurônico, os bioestimuladores têm ação progressiva. “O pico de ação do estímulo de colágeno acontece cerca de três meses [após a aplicação]”, aponta Alessandra.

Tanto o PLLA quanto o hidroxapatita de cálcio podem durar até 24 meses. Já o policaprolactona costuma ser mais duradouro, com ação de até quatro anos (embora a substância usada no Brasil dure apenas dois anos).

E o PMMA?

O polimetilmetacrilato (PMMA) também é considerado um bioestimulador de colágeno, mas os casos comuns de complicações envolvendo seu uso indevido o tornaram mal visto nos consultórios estéticos.

Utilizado como substância preenchedora com finalidade estética, o composto pode causar lesões graves e até óbito quando mal administrado. “Ele é um preenchedor definitivo”, alerta a médica.

Em janeiro de 2025, o Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou um documento à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitando a proibição definitiva do polimetilmetacrilato como substância preenchedora no Brasil. O composto, porém, ainda segue permitido no país.

Quem pode e quem não pode fazer

Apesar dos diversos benefícios, o tratamento com bioestimuladores não é indicado para todos. Quem tiver infecções ativas na área a ser tratada, gestantes ou pacientes com preenchimentos permanentes deve evitar o procedimento.

“Pessoas que já possuem PMMA em algumas regiões do rosto podem não ser indicadas para o uso de bioestimuladores.”

Além disso, a avaliação médica é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento. A aplicação caseira ou realizada por profissionais não habilitados gera riscos à saúde.

Resultados naturais

Os bioestimuladores de colágeno se destacam por promover uma melhora sutil e natural na qualidade da pele, sem grandes alterações na estrutura facial. Isso os diferencia de procedimentos associados à chamada “harmonização facial”, termo popularizado por intervenções muitas vezes exageradas.

Combinados com hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, uso diário de protetor solar, abandono do tabagismo e rotinas adequadas de cuidados com a pele, os bioestimuladores podem ter seus efeitos potencializados. “Tabagistas podem ter resposta inferior ao tratamento e precisar de mais sessões ou maior quantidade de produto”, acrescenta Alessandra.

O número de aplicações e a quantidade de produto utilizado variam conforme a área tratada, a idade e o estado da pele de cada paciente. Por não oferecer efeito imediato, os bioestimuladores exigem paciência e acompanhamento médico contínuo. A manutenção varia de acordo com o paciente.

Bioestimulação oral: mito ou aliado?

A suplementação com colágeno por via oral ainda divide opiniões na comunidade científica. Segundo a médica, alguns profissionais entendem que consumir colágeno a vida inteira não teria malefício algum; outros entendem que é mais importante ingeri-los quando se está fazendo a estimulação de colágeno injetável ou com aparelho.

De acordo com Alessandra, o uso pontual dos chamados peptídeos de colágeno pode ser útil nos três meses após o início da bioestimulação, pois o corpo está produzindo a poteína ativamente. A suplementação também é válida para pessoas com dietas restritivas. “Quem não come muita proteína (como os vegetarianos e os veganos), a suplementação de proteínas, como o colágeno, pode ajudar nessa falta de ingestão.”



Fonte: CNN Brasil

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