Especialistas apontam que o modelo depende de fornecedores asiáticos e não pode ser totalmente fabricado nos EUA

Você possivelmente já leu por aqui sobre o recém-anunciado smartphone T1 da Trump Organization e junto do anúncio a informação de que o celular seria “fabricado nos Estados Unidos”.
A realidade, contudo, pode ser bem diferente. A CNBC reportou que, segundo especialistas em tecnologia, o dispositivo deve, na verdade, ser produzido na China.

Falta infraestrutura para fabricar o celular nos EUA
- Apesar da alegação de produção nacional, analistas afirmam que os EUA não têm atualmente a infraestrutura para fabricar um smartphone completo localmente e que o modelo foi provavelmente desenvolvido por uma ODM (fabricante de dispositivos originais) chinesa.
- Francisco Jeronimo, da IDC, declarou ser “impossível” que o aparelho tenha sido totalmente projetado ou montado nos EUA.
- Blake Przesmicki e Jeff Fieldhack, da Counterpoint Research, reforçaram a visão, citando a ausência de capacidade industrial americana para esse tipo de produção em larga escala.
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Componentes estrangeiros seriam essenciais para o dispositivo
Mesmo que parte do processo ocorra em solo americano, o T1 dependerá fortemente de componentes estrangeiros — como a tela AMOLED, provavelmente vinda da Samsung, LG ou BOE; o processador, de empresas como MediaTek ou Qualcomm, com fabricação em Taiwan; sensores de imagem, dominados pela japonesa Sony; e memórias, que podem vir da americana Micron ou da sul-coreana Samsung.
Com preço de US$ 499 e sistema Android, o T1 contrasta com o iPhone 16 Pro Max, que custa a partir de US$ 1.199.
O projeto surge em meio ao discurso do ex-presidente Donald Trump em favor da industrialização tecnológica nos EUA — embora a complexidade e os custos da cadeia global de suprimentos ainda desafiem esse objetivo.


Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.
Fonte: Olhar Digital