A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um ataque a tiros contra o carro do deputado federal Sargento Portugal (Podemos-RJ) na região de Santa Cruz, perto da comunidade de Antares, na cidade do Rio. O veículo era blindado e o parlamentar e o motorista escaparam sem ferimentos.
Em entrevista à Record, Portugal, que é ex-policial militar, relatou ter ouvido “mais de 50 tiros”. Ele disse que estava dentro da comunidade quando o ataque começou, e os disparos só foram interrompidos ao chegar a uma avenida movimentada.
“Paramos em uma esquina, havia dois homens de fuzil. A reação foi: ‘o que eu faço? Não tem o que fazer’. Viramos a esquina e começou: muitos tiros, mesmo. Quando olhei pelo retrovisor, vi que tinha um carro perseguindo meu carro. E vieram insistindo até a saída da comunidade”, disse.
Segundo o deputado, ele foi ao local para inauguração de um projeto social que atende a base eleitoral. Ele acredita que poderia ter sido morto, caso o veículo não fosse blindado.
“O Rio de Janeiro não é do carioca há muito tempo. Eu espero que a gente tenha uma política de enfrentamento. Eu deposito minha confiança no Secretário de Segurança Pública, deposito minha confiança nos Secretários de Polícia Civil e Militar, mas, como morador, eu tenho medo”, complementou à Record.
Quem é Sargento Portugal
Deputado federal em primeiro mandato, José Portugal Neto foi eleito em 2022 com pouco mais de 33 mil votos. Sua atuação política é voltada para projetos ligados à segurança pública e fortalecimento das forças de segurança.
Apoiador declarado de Jair Bolsonaro (PL), ele assinou o requerimento de urgência para o projeto de lei que prevê anistia aos golpistas do 8 de janeiro. Entretanto, tem enfrentado a fúria de parte dos apoiadores do ex-presidente depois de ter afirmado que quer anistia “com justiça e não com politicagem”, tirando do projeto pessoas que tentaram atacar policiais.
“Tem inocentes presos? Tem. Tem penas excessivas? Tem, também. Mas também tem quem tentou matar policial no dia. Quem tentou plantar bomba no aeroporto. Vamos trabalhar de forma correta, vamos ser honestos com todo mundo. Foi acordada uma anistia modulada. É isso que estamos discutindo aqui. Não dá para trazer criminoso para essa anistia”, afirmou.
Por:Carta Capital